Onde há fumaça, há fogo. Porém, a fumaça pode compor uma cortina para despistar um ato escondido. Com a grande movimentação nos bastidores com a sinalização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a chegada ao PP, o sinal pode ter sido falso. Bolsonaro segue em diálogo com o PL para uma filiação, pensando nas eleições de 2022.
Fontes ligadas ao diretório do PL na Bahia e a mandatários da legenda no estado apontaram que as conversas com o partido seguem acontecendo. Um dos interlocutores revelou que há “indícios fortes” da chegada de Bolsonaro e, o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, já teria feito contato sobre a chegada. O presidente da legenda no estado, José Carlos Araújo, já tinha se mostrado favorável à chegada do presidente ao partido.
Uma das lideranças do partido revelou ao Bahia Notícias que a negociação com o PP teria sido uma “cortina de fumaça” e o contato com a legenda já teria “morrido”. O diretório baiano do PP teria sido um dos mais resistentes à chegada do bolsonarismo, juntamente com os diretórios da Paraíba e de Pernambuco.
A movimentação, que afligia e impactaria de forma frontal a base de apoio do PT na Bahia, pode tranquilizar os bastidores. Com a possibilidade, o governador Rui Costa (PT) classificou como “uma tragédia” o presidente aterrissar no PP. Já o senador Jaques Wagner (PT), postulante ao palácio de Ondina pelo partido, revelou que a migração não iria impactar na aliança entre ele e o vice-governador João Leão (PP), além de citar a resistência do PP baiano e outros estados como empecilho do desembarque.
O entrave agora pode ficar a cargo do ex-prefeito ACM Neto (UB). O PL compõe o arco de apoio na Bahia e já reiterou o apoio à candidatura do ex-presidente do Democrata em 2022, pontuando que a “terceira via” na Bahia não teria vingado. No estado, o nome de Bolsonaro para o governo do estado é o ministro da Cidadania, João Roma, que já confirmou que o presidente não ficará sem palanque na Bahia.
FEDERAIS BAIANOS DO PL
Na
Bahia, o PL possui três deputados federais: João Carlos (Jonga)
Bacelar, José Rocha e Abílio Santana. Todos atuam como apoiadores do
presidente Jair Bolsonaro, porém, estadualmente possuem divergências na
condução. “Jonga” e Abílio não compõe a base de apoio do governo Rui
Costa e possuem grande interlocução com o presidente Bolsonaro. Já
Rocha, sinaliza apoio ao governo de Rui, apesar do apoio divergente na
seara federal. *Bahia Notícias
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