O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável por mais de 60 milhões de hectares na Amazônia, distribuídos em 125 unidades de conservação. Além das ações de proteção, o ICMBio vem alcançando, por meio de seus centros nacionais de pesquisa, resultados importantes na pesquisa da biodiversidade do bioma.
O Brasil é o país com maior diversidade dos primatas do mundo, sendo que 16% das espécies conhecidas se encontram em solo brasileiro e é na Amazônia o principal polo de pesquisa do grupo. Só nas últimas três décadas, uma espécie nova de primata é descoberta no bioma por ano. Mas as espécies enfrentam pressões: caça de subsistência, perda de habitat e doenças causadas pelo contato com os humanos são alguns dos desafios que tornam os primatas amazônicos cada vez mais ameaçados.
Sob coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros (CPB) e com a parceria do Centro Nacional de Pesquisa da Biodiversidade Amazônica, o ICMBio implantou na região o Plano de Ação Nacional (PAN) dos Primatas Amazônicos. “É um grande salto, pois os primatas eram o último grande grupo de animais que ainda não tinha um plano de ação bem definido”, explica o coordenador do CPB, Leandro Jerusalinsky.
O PAN, elaborado em maio, congrega 15 espécies de primatas amazônicos ameaçados, dentre eles o cuxiú preto (Chiropotes satanas) e o caiarara ka’apor (Cebus kaapori), este último constado na lista dos 25 primatas mais ameaçados do mundo. O Plano congrega diretrizes para planejar o ordenamento territorial a fim de diminuir pressões por habitat e promover o crescimento da população e também estudar como as mudanças climáticas podem afetar os animais. “Também temos a necessidade de estudar doenças que afetam os primatas, como o recente surto de febre amarela e parasitas nos animais causados pela poluição da água pelo esgoto dos seres humanos”, conta Jerusalinsky. Confira a matéria completa
Por Redação GN | Fonte: ICMBio
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