Produzido pela rede de TV belga VRT, um vídeo que faz parte da série Over Eten (do holandês “excessos”), no qual se mostra como alguns alimentos são produzidos, ilustra a cadeia produtiva das famosas balinhas jujubas. Na internet, a comoção teve início porque o teaser faz o caminho inverso percorrido pelo doce – o doce sai da boca de uma pessoa e volta a ser um porquinho fofo que, na sequência do vídeo, está prestes a morrer. Sim, isso mesmo. As balas são feitas de porcos. Quer saber como?
Assista abaixo:
Chocante? Nem tanto. Há dois pontos a serem considerados em relação ao vídeo.
1º A jujuba, também conhecida como bala de goma, tem gelatina em sua composição. Esta, por sua vez, é feita de substâncias com colágeno, como cartilagens, tendões, ossos e aparas de couro e, portanto, é um produto de origem animal. Contudo, há versões veganas do doce (se ficou embasbacado com o fato de haver porco em sua bala, troque por uma alternativa do tipo).
2º O porquinho fofo não foi abatido exclusivamente para fazer uma jujubinha – as outras partes do animal, como a carne, também são aproveitadas, por exemplo, para a alimentação humana. Ou seja, se você é carnívoro (como a maioria da população), é um alento que uma parte do porco que seria jogada fora pode ser aproveitada de alguma forma. Por fim, vale avisar, além da jujuba, vários outros produtos são de origem animal, sem parecerem carne.
Exemplos:
Açúcar branco e mascavo: durante o refinamento, o produto pode passar por um tipo de carvão feito com cinzas de ossos;
Xampu e condicionador: usualmente, possuem mais de vinte ingredientes de origem animal;
Sacolas plásticas: gordura animal é usada para reduzir a fricção do material, que gera o efeito estático do plástico;
Batata frita congelada: para manter o aspecto crocante por fora, passam por um processo químico que envolve o uso de gordura bovina.
Então, se você realmente se incomodou com o processo de fabricação das jujubas, recomenda-se também que se pare com o consumo desses outros produtos. Observação final: vale lembrar que esses processos de fabricação vão, em teoria, contra o estilo de vida dos veganos (livre de produtos e alimentos de origem animal), mas não necessariamente dos vegetarianos.
Por Redação GN | | Fonte: Revista Veja
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