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Malotes do Enem 2014 foram abertos antes do prazo em três Estados, diz Inep


Dezesseis malotes com provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 tiveram os lacres de segurança rompidos e foram abertos duas horas antes do horário estipulado no procedimento padrão. Os vazamentos ocorreram em três Estados: Piauí, Ceará e Paraíba.

A informação consta em nota técnica do próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) que organiza o exame. O documento foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) no Piauí durante a investigação que apurava vazamentos do tema da redação no Estado.

A procuradoria ingressou neste semana com Ação Civil Pública pedindo a anulação da prova de redação do Enem 2014. A Justiça Federal, no entanto, já indeferiu o pedido - o MPF promete recorrer.

A ação do MPF toma por base a denúncia de participantes do Enem que recebem por mensagem do aplicativo WhatsApp cópia do tema da redação horas antes do início da prova. Quatro participantes que receberam a mensagem prestaram depoimento à Polícia Federal.

“O laudo de perícia criminal foi enfático ao concluir que as mensagens contendo a proposta da redação do ENEM 2014 foram enviadas aos aparelhos celulares periciados via aplicativo “WhatsApp”, às 10:47h”, informa a ação. Os grupos “Vem que eu faço direito” e “Terceirão, Boa Sorte, VQV” receberam as mensagens, segundo as investigações.

Para o procurador Kelston Pinheiro Lages, autor da ação, a anulação da redação é necessária uma vez que a investigação não deixa claro quantas pessoas receberam o tema. “O laudo da PF comprovou esse vazamento. Não dá para quantificar quantos tiveram acesso, por isso não tinha como não pedir a anulação”, disse o procurador. “Há informação contundente nos autos em que o próprio Inep reconhece que em três Estados os malotes foram abertos”.


Lages promete levar o recurso ao Tribunal Regional Federal na segunda, dia 26. O Inep foi questionado sobre a abertura dos malotes antes do horário, mas até a publicação não se posicionou. Assim que houver resposta do órgão, o texto será atualizado. Desde o início das investigações o Inep tem indicado que o exame não seria anulado. Fonte: Estadão

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