A Justiça de Alagoas acatou o pedido do Ministério Público Estadual (MP) e determinou a quebra de sigilo bancário de 105 funcionários da Assembleia Legislativa. A informação foi confirmada pelo MP, no entanto, o procurador-geral Sérgio Jucá, por meio da assessoria de comunicação, informa que não pode dar nenhum datalhe sobre a investigação porque a mesma corre em segredo de Justiça.
Denúncias
O Ministério Público passou a investigar a folha de pagamento de deputados e servidores da Assembleia Legislativa após o deputado João Henrique Caldas (Solidariedade), em junho de 2013, apresentar à imprensa documentos que indicariam irregularidades na movimentação bancária da Casa de Tavares Bastos. O desvio de verba seria R$ 4,7 milhões.
Em agosto do ano passado, o procurador-geral Sérgio Jucá instaurou um inquérito civil para investigar o conteúdo da representação enviada ao MP pelo parlamentar. No final do mesmo mês, uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou que servidores da ALE receberam o Bolsa-Família, benefício do governo federal para pessoas com renda de até R$ 70 por mês. Um dia depois, uma funcionária pública que havia sido citada na reportagem foi exonerada.
Desdobramentos
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acabou sendo afastada das atividades a pedido do Ministério Público no dia 31 de outubro. Um dia depois, computadores e documentos foram confiscados por determinação judical e a pedido do MP.
Os deputados afastados voltaram a compor a Mesa Diretora no início de 2014 após liminar da Justiça. No entanto, as investigações ainda continuam. Fonte: G1-AL