Esta terça-feira (18) é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. Uma
data para lembrar que esse vício passou a ser considerado uma doença
pela Organização Mundial da Saúde, há mais de meio século.
A
curto prazo, o álcool afeta a coordenação, a capacidade de julgamento e o
controle emocional. Mas também pode causar danos irreversíveis a longo
prazo, como explica a neurocientista Emily Pires.
“Além disso o
consumo excessivo libera dopamina, gerando uma sensação inicial de
prazer, porém ela fica reforçando o comportamento de consumo e isso é o
que nos leva a dependência. E quando o consumo é frequente ocorre
alterações até estruturais e funcionais. Então consequentemente
prejudicar a memória, as tomadas de decisões, e também aumenta o risco
de transtornos como ansiedade e depressão.”
O consumo de álcool
chega a causar cerca de 12 mortes por hora no Brasil. A maioria, por
doenças cardiovasculares, acidentes e violência. Esse problema gera um
custo de R$ 18 bilhões ao ano, segundo estimativas da Fiocruz. Mais de
R$ 1 bilhão são gastos com hospitalizações e procedimentos ambulatoriais
no Sistema Único de Saúde.
De acordo com especialistas da
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, existem metodologias para
prevenir o álcool, que podem ser apresentadas desde a infância, para
crianças e adolescentes. Entre os tratamentos, os alcoólicos anônimos
têm acolhido, há anos, as vítimas da doença, mostrando que não é
necessário enfrentar o problema sozinho. A neurocientista Emily Pires
também cita a regulação da atividade do cérebro como uma alternativa,
por meio de estímulos elétricos.
“Um reforço na motivação e na
disciplina tornando o paciente cada vez mais engajado na recuperação.
Ela tem sido muito positiva, essa interação com neuro feedback. E é
claro sendo acompanhada pelo médico, um psicólogo, outras atividades que
ele tenha feito, atividade física. Isso só reforça. É uma força a mais
para recuperação desse paciente com essa dependência o alcoolismo.”
O alcoolismo é um problema social e de saúde. Portanto, é uma questão complexa e que precisa ser encarada com seriedade. *Agência Brasil

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