O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou um pacote de R$ 3 bilhões para ações nas escolas. A medida diz respeito às ameaças que aconteceram em unidades escolares em todo o país.
O presidente da República ressaltou que o problemas nos colégios não será resolvido “apenas com dinheiro”. A fala foi dada em uma reunião com os presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, Rodrigo Pacheco e Alexandre de Moraes, respectivamente.
Os R$ 3 bilhões são resultado da antecipação de R$ 1,09 bilhão da parcela de setembro do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), destinados à melhora da segurança nas escolas, e da liberação de R$ 1,8 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) de anos anteriores que estão parados nas contas das escolas.
“A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro, elevando o muro da escola, colocando detector de metais”, disse Lula. “Sem a participação dos pais, a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas. Não vamos transformar nossas escolas numa prisão de segurança máxima, que não tem solução”, acrescentou.
Lula defendeu ainda que os professores passem a analisar a saúde mental das crianças, e que os governos locais incluam toda a comunidade na construção de medidas para enfrentar a violência nas escolas.
O Ministério da Educação disponibilizou também R$ 200 milhões do Programa de Ações Articuladas (PAA) aos prefeitos e governadores na implementação de núcleos psicossociais nas escolas, além de ter firmado parceira com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para instituir ações da justiça restaurativa, para promover a mediação de conflitos.
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