Vacinação contra meningite no país está muito abaixo da meta da Saúde

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Vacinação contra meningite no país está muito abaixo da meta da Saúde

 

A vacinação contra alguns tipos de meningite está muito abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Um risco, principalmente, para as crianças.

Em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, um bebê de três meses morreu de meningite bacteriana, a forma mais grave da doença, depois de ficar seis dias internado no hospital.

“Começou com um quadro respiratório e a mãe levou para consultar. Foi atendido, mas ele evoluiu muito mal. A criança tinha o cartão vacinal em dia. Só que ela tinha tomado a primeira dose, que é com dois meses, e depois seria com 4 meses, então não tinha nada atrasado. Só que uma dose não imuniza”, explica a médica Fátima Guedes.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. É causada, principalmente, por vírus e bactérias. Entre os sintomas estão dor de cabeça, rigidez do pescoço, febre alta e mal-estar.

O SUS disponibiliza cinco vacinas contra a meningite. Duas delas são específicas contra os agentes causadores da doença.

A vacina meningocócica C deve ser aplicada em bebês aos três meses, cinco meses e com reforço aos 12 meses. E a meningocócica ACWY, de dose única, para adolescentes entre 11 e 14 anos.

O problema é que a cobertura vacinal contra a meningite está muito baixa, segundo o Ministério da Saúde. Todas bem longe da meta de 95% do público-alvo recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações. Cenário que preocupa os especialistas.

“A meningite é uma doença muito grave, altamente contagiosa. A transmissão se dá por via respiratória, pelas gotículas. Então, as medidas de higiene básica são importantes. Mas, com certeza, vacinação é a melhor forma de prevenção”, diz a pesquisadora e professora do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública Fernanda Penido.

O motorista Daniel Felipe levou o filho Theo para tomar a primeira dose da vacina contra a meningite C. O pai fica mais tranquilo ao ver a carteirinha de vacinação do filho preenchida.

“Tanto eu quanto a mãe dele procura, desde o nascimento dar todas as vacinas, procurar manter em dia para proteção dele e da gente também”, afirma ele. *G1

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