A professora Marlene Moreira, 59, teve 40% do corpo queimado após um desodorante explodir em decorrência do descarte incorreto do produto. O acidente aconteceu na fazenda da família da vítima, em Trombas, Goiás, após ela jogar o frasco, que tinha vencido e não estava vazio, em uma pilha de lixo que estava sendo queimada.
Ao portal Uol, a professora explicou que ela e o marido já tinham o hábito de queimar o lixo da residência, uma vez que ela não é atendida por coleta pública. No último domingo, 24, no entanto, a prática comum para o casal acabou gerando o acidente que resultou em queimaduras de segundo grau nos braços, mãos e pernas da vítima.
Após o acidente, ela relatou que a dor foi absurda, sendo necessário ficar por 20 minutos debaixo do chuveiro para suportar. Após isso, Marlene recorreu à aplicação de compressas e de babosa antes de pegar a estrada para o Hospital de Queimaduras de Anápolis. A residência da família fica localizada a 416km de Goiânia.
Ao Uol, a professora contou que precisa ir todos os dias para o centro cirúrgico da unidade para ser sedada, a fim de realizar limpeza nos ferimentos. Apesar de muita dor, ela explicou que a dor mais forte foi sentida no momento em que a explosão aconteceu. A viagem de 400 km também foi um grande desafio para ela.
Arrependida por não ter tido mais cuidado com o descarte correto do lixo, Marlene ainda não tem previsão de alta hospitalar. Ela aconselha pessoas que têm o hábito da mesma prática a separarem bem o lixo antes de queimar, se certificando que nenhum contenha material inflamável em suas substâncias, como foi o caso do desodorante.
O conteúdo que causou
o acidente, em geral, está sob pressão e tem compostos químicos
inflamáveis. Os fabricantes alertam que as embalagens não devem ser
expostas ao calor e que o descarte deve ser feito com o recipiente já
vazio. *Correio da Bahia
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