O agravamento da pandemia de Covid-19 na Índia deve atingir diretamente o calendário da vacinação no Brasil. Com o número de casos da doença em alta, o governo indiano tende a reter a produção de vacinas para abastecer o mercado interno. A medida vai atingir exportações de vacinas com as quais o Brasil contava.
No calendário apresentado sábado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a entrega de 8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca à Fiocruz foi postergada para o terceiro trimestre deste ano. A chegada de quatro lotes entre abril e julho não vai ser cumprida: o imunizantes é produzido no Laboratório Serum, na Índia.
Em janeiro, diante da demora na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China, a Fiocruz negociou com o Serum 2 milhões de doses. No mês seguinte, foram compradas mais 10 milhões. Dessas, 8 milhões não foram entregues.
De acordo com a AstraZeneca, essa negociação é conduzida diretamente
entre a Fiocruz e o Serum. A Fiocruz informou que a negociação está a
cargo da diplomacia dos dois países. As 8 milhões de doses prometidas
pelo consórcio para maio são da AstraZeneca, mas fabricadas em um
laboratório da Coreia do Sul. *A Tarde
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