Em fase de testes, a máscara já foi impressa em cinco países e em outros estados brasileiros. Para atestar a qualidade e sugerir melhorias, 70 profissionais da área da saúde analisam o protótipo. Segundo Lima, as impressoras doadas pela FIEPI vão ser usadas na produção de mil máscaras, que serão entregues para a Secretaria Estadual de Saúde.
Os equipamentos de proteção individual utilizam como material o composto PLA, um bioplástico que não oferece danos à respiração. No projeto, o PLA mantém a porosidade necessária para impedir a penetração do vírus.
Como filtros da máscara, os testes apontam a eficácia de materiais de baixo custo, como discos de algodão comuns vendidos em farmácias. Segundo os pesquisadores, podem ser utilizados, em média, de seis a oito horas, dependendo da densidade do material. A cada utilização, basta higienizar a máscara, com álcool em gel a 70% ou solução de água sanitária convencional, trocar o filtro e voltar a usar.
Cada máscara tem o custo aproximado entre R$ 5 e R$ 15, de acordo com a escala de produção. A efeito de comparação, uma impressora 3D amadora, que custa em média de R$ 1.400 a R$ 3.500, é capaz de produzir cinco máscaras a cada 24 horas.
Para expor as dificuldades enfrentadas e discutir alternativas para retomada de forma segura da atividade industrial no estado, o presidente da FIEPI, Zé Filho, se reuniu com membros do Comitê Gestor de Medidas para Enfrentamento da Pandemia de Coronavírus da Prefeitura de Teresina. No encontro realizado na última semana, ele entregou um relatório com ações de enfrentamento à doença, por meio do SESI e SENAI, e colocou a estrutura das unidades móveis de saúde e cartilhas com protocolos voltados a estabelecimentos industriais à disposição das autoridades da capital.
Ao reforçar que alguns setores da indústria considerados essenciais funcionam com segurança, Zé Filho citou o exemplo da construção civil e sua cadeia produtiva, como as cerâmicas, liberadas em 23 estados, mas impedidas de funcionar no Piauí.
“A pandemia atinge igualmente a gestão pública, a população e os empresários. Por isso, buscamos nos aproximar desse comitê para acompanhar e colaborar no que for possível para que possamos sair dessa situação”, ponderou o presidente da FIEPI.
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