A principal contribuição para a deflação de abril veio dos transportes, que teve queda de preços de 2,66% no mês. A queda foi puxada principalmente pelos combustíveis (-9,59%). A gasolina recuou 9,31%, o etanol, 13,51%, o óleo diesel, 6,09% e o gás veicular (-0,79%).
Outros cinco grupos tiveram deflação: artigos de residência (-1,37%), saúde e cuidados pessoais (-0,22%), despesas pessoais (-0,14%), habitação (-0,10%) e comunicação (-0,20%). Educação não teve variação de preços.
Por outro lado, os alimentos registraram inflação de 1,79% e evitaram uma queda maior do IPCA. Entre os produtos que se destacaram na alta de preços estão cebola (34,83%), batata-inglesa (22,81%), feijão-carioca (17,29%) e leite longa vida (9,59%).
“Há uma relação da restrição de oferta, natural nos primeiros meses do ano, e do aumento da demanda provocado pela pandemia de covid-19, com as pessoas indo mais ao mercado, cozinhando mais em casa”, afirma o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.
O único grupo de despesa que teve alta além de alimentação foi vestuário (0,10%). *Agência Brasil
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