A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) Projeto de Lei que prevê as regras para a quarentena do grupo de brasileiros que virão de Wuhan, na China, e as medidas de enfrentamento do coronavírus. Sendo assim, o texto segue agora para a aprovação do Senado e deve ser analisado ainda nesta quarta-feira (5).
O PL define que poderá haver isolamento de pessoas doentes ou contaminadas. Além disso, o projeto obriga a realização de exames médicos, testes laboratoriais e coletas de amostras clínicas. As pessoas que estarão em quarentena terão direito de serem informadas sobre o estado de saúde, receberem tratamento gratuito e assistência aos familiares.
As últimas informações atualizadas registram que haviam 29 pessoas confirmadas para a repatriação, incluindo quatro chineses listados como filhos, pais de brasileiros e cônjuges. Desse total, sete são crianças.
Esse grupo deve chegar ao Brasil na manhã deste sábado (8), segundo o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Eles precisarão obedecer 13 regras e passar 18 dias em quarentena na cidade de Anápolis (GO), isolados em quartos individuais e submetidos a exames três vezes ao dia. Todos deverão realizar exames rotineiros, como coletas respiratórias. O grupo não poderá receber visitas durante a quarentena. Quem apresentar qualquer sintoma da infecção por coronavírus será levado ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília.
Serão usados dois aviões reservas da frota presidencial que o presidente Jair Bolsonaro não costuma viajar. Além da tripulação, equipes médicas do Ministério da Saúde e do Instituto de Medicina Especializada da Força Aérea Brasileira acompanharão os brasileiros durante a viagem.
De acordo com o governo, as aeronaves vão fazer escalas em Fortaleza (CE), Las Palmas, nas Ilhas Canárias na Espanha, Varsóvia (Polônia) e Ürumqi na China, antes de pousar em Wuhan. No retorno, elas farão o mesmo trajeto em sentido contrário, com desembarque direto em Anápolis.
Já são mais de 24 mil casos confirmados do coronavírus em 24 países. Há 491 mortos na China e um nas Filipinas. No Brasil, há 14 suspeitos em investigação.
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