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Passa de 230 número de mortos em atentado na capital da Somália


Um caminhão-bomba explodiu em uma área movimentada e próxima ao Ministério de Relações Exteriores em Mogadício, capital da Somália, no sábado (14). Dezenas de prédios foram afetados e vários veículos pegaram fogo.

Algumas horas depois, uma segunda explosão foi registrada no bairro de Medina.

Até o momento, 230 mortes foram confirmadas e cerca de 200 pessoas ficaram feridas.

Na noite de sábado para domingo (15), equipes de resgate com tochas procuraram sobreviventes nos escombros do Hotel Safari, próximo de onde a primeira bomba explodiu. O muro e os portões de ferro do hotel foram completamente destruídos.

Nenhum grupo reivindicou o ataque, mas o governo somali, que é respaldado pela comunidade internacional, culpou os rebeldes shebaab, embrião da Al-Qaeda, que executam com frequência ataques suicidas na capital em sua luta contra o governo.

Os shebaab foram expulsos da capital da Somália há seis anos por tropas somalis e da União Africana. Com o passar dos anos, perderam o controle das principais cidades do sul da Somália.

Mas os rebeldes continuam controlando as zonas rurais e executam ataques contra os militares, o governo e alvos civis, assim como ataques terroristas no Quênia.

O governo chamou o episódio de "desastre nacional".

"Eles não se importam com as vidas do povo somali, de mães, pais e crianças", disse o primeiro-ministro Hassan Ali Khaire. "Eles atacaram a área mais populosa de Mogadício, matando apenas civis".

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo, declarou três dias de luto nacional e pediu à população que doasse sangue para o tratamento dos feridos.

"O hospital está sobrecarregado tanto com os feridos quanto com os mortos. Nós recebemos pessoas que perderam membros na explosão. É realmente terrível, algo diferente de tudo que já vivemos" disse o Dr. Mohamed Yusuf, diretor do hospital de Medina.

As explosões aconteceram dois dias depois das renúncias do ministro da Defesa e do comandante do Exército, que não explicaram seus motivos para deixarem os cargos.

Por Redação GN | Fonte: Folhapress

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