A taxa de doadores de órgãos efetivos aumentou 5% no Brasil no último ano, em relação a 2015, mas continua abaixo da esperada. De acordo com levantamento estatístico divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Ministério da Saúde, a recusa de doação de órgãos pela família ainda é um desafio para a expansão do serviço.
"A cada ano, batemos novos recordes, mas em algumas modalidades de transplante temos cinco anos de fila de espera, cerca de 40% das famílias se recusam a fazer a doação dos órgão de parentes falecidos. Então, há um conjunto de medidas a tomar", afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. "Para reduzir as filas, já que temos excelente infraestrutura de hospitais especializados em transplantes, precisamos fazer campanhas de conscientização para que as famílias autorizem a doação de órgãos, facilitar a regulação da legislação que envolve essa questão", acrescentou.
Segundo a Agência Brasil, a taxa de recusa nas regiões Norte e Nordeste é de cerca de 40%, enquanto as regiões Sul e Sudeste registram percentual de 30%. Ao todo, 2.983 pessoas foram doadoras de órgãos no ano passado, sendo 357 para o transplante de coração. O aumento desse tipo de procedimento foi de 13% no período. O número de transportes de órgãos feitos pela Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou de cinco, em 2015, para 172 em 2016.
Desde junho do ano passado, a FAB tem uma aeronave à disposição para o transporte de órgãos ou de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Em relação à fila de espera, cerca de 41 mil pessoas aguardavam por um transplante em 2016, a maioria de rim (24.914).
Por Redação GN | Fonte: Agências
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