A Polícia Federal (PF) identificou 59 novas drogas apreendidas no País nos últimos três anos. Algumas são entorpecentes consumidos há anos por usuários enganados por traficantes, que as vendem como se fossem drogas mais conhecidas, como o LSD e o ecstasy. Os danos causados por essas substâncias ainda não são totalmente conhecidos pela ciência. O Estado obteve os dados da PF por meio da Lei de Acesso à Informação. Pequenos traficantes vendem essas drogas pela internet, muitas vezes em sites do exterior, ou em grupos de aplicativos como o WhatsApp e o Telegram. Nas baladas e em universidades elas são revendidas por preços que podem variar de R$ 5 a R$ 100 a dose. Mais raramente, são produzidas no País: segundo o levantamento, só em 2015, a PF destruiu 17 laboratórios de droga sintética, a maior parte deles (8) em Goiás. O uso de novos componentes químicos para simular o efeito de drogas conhecidas é, segundo especialistas, uma forma usada por traficantes para baratear a produção de entorpecentes e ampliar os lucros. Um exemplo disso é o NBOMe. Ele é uma das substâncias que mais se popularizaram nos últimos anos e está no topo da lista de apreensões da PF, com 47 casos - considerando-se as diversas fórmulas como é comercializado. A substância, alucinógena e estimulante, é vendida pelos criminosos como se fosse LSD, geralmente em pequenos tabletes ou cápsulas. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu a droga em 2014, o NBOMe tem elevado risco de overdose e tem sido relacionado a "episódios de violência física e morte".
Por Redação GN | Fonte: Estadão Conteúdo
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