O Brasil está na semifinal do torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio. Garantiu a vaga ao superar o seu mais duro teste até agora e bater a Colômbia por 2 a 0, neste sábado (13), no estádio Itaquerão, em São Paulo, em um jogo em que teve de enfrentar a violência e o antijogo do adversário no primeiro tempo.
Mas novamente comandado por Neymar, se impôs e agora no mínimo vai disputar a medalha de bronze. O sonho do ouro inédito, porém, está cada vez mais vivo. O Brasil é o único país a chegar em sete semifinais olímpicas.
Na quarta-feira, o Brasil joga por uma vaga na final contra Honduras - que ganhou da Coreia do Sul por 1 a 0, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte -, às 13 horas, no estádio do Maracanã, no Rio. Na Olimpíada de Londres, há quatro anos, as duas seleções se enfrentaram nas quartas de final e a seleção brasileira então comandada pelo técnico Mano Menezes venceu por 3 a 2 após ficar duas vezes em desvantagem no placar.
PORRADA
O primeiro tempo deste sábado foi uma guerra. Teve discussão, empurra-empurra, xingamentos e até troca de socos entre jogadores reservas e membros das comissões técnicas das duas equipes. Tudo provocado pelos colombianos, que entraram em campo dispostos a tumultuar a partida com catimba e violência na esperança de tirar vantagem.
Assim, Neymar foi caçado em campo. Levou faltas seguidas, algumas desleais. Os colombianos se revezavam na hora de "bater". Em muitos lances, visavam o tornozelo direito do jogador, machucado no jogo contra a Dinamarca, mas que, após tratamento intensivo, não o impediu de ir a campo. Neymar também procurava o confronto e logo enfileirou vários adversários com cartões amarelos, apesar da falta de rigor do árbitro turco Cakir Cuneyt.
DESCONTROLE
Neymar também teve momento de descontrole. Após receber falta dura de Lerma, irritou-se, assim como todos os brasileiros, com a falta de fair play dos colombianos no reinício do jogo e partiu à caça de um adversário. Encontrou Roa, deu-lhe um violento pontapé e levou cartão amarelo. A consequência foi uma confusão generalizada com titulares, reservas e integrantes da comissão técnica das equipes trocando empurrões e sopapos.
O primeiro tempo também teve futebol. E, neste quesito, o Brasil foi melhor. Com um dos atacantes se movimentando bem, Walace eficiente no desarme, os zagueiros jogando sério na maioria do tempo, fez um primeiro tempo mais eficiente que o da Colômbia, que tem jogadores habilidosos, rápidos e que tocam bem a bola.
Mas fazem muitas faltas. E em uma delas, sofrida por Gabriel Jesus (que também apanhou bastante), Neymar marcou o seu primeiro gol na Olimpíada e colocou o Brasil em vantagem, aos 12 minutos. Ele percebeu a barreira mal formada e bateu forte, de pé direito, à meia altura, sem defesa para Bonilla.
Depois de 11 meses e oito partidas, Neymar voltou a marcar pela seleção. Seu último gol, pela equipe principal, havia sido em um amistoso contra os Estados Unidos.
FLUIU
A Colômbia voltou para o segundo tempo alterada - dois jogadores com cartões amarelos foram substituídos - e assustou nos primeiros minutos. Mas logo o Brasil conseguiu responder, criando chances e teve até um pênalti (Balanta colocou a mão na bola em chute de Luan) não marcado a seu favor.
Ressalte-se que no segundo tempo o futebol prevaleceu. A Colômbia deixou de lado a violência e passou a procurar o jogo. E mostrou ser um bom time, com variações de jogadas e bom toque de bola. O Brasil continuava bem, mas o jogo ficou mais difícil. Então, o técnico Rogério Micale resolveu se precaver, colocando o volante Thiago Maia no lugar do apagado atacante Gabriel Barbosa.
A defesa ficou mais segura, mas faltava definir o jogo. Luan fez isso aos 37 minutos em grande estilo. Recebeu de Neymar, observou o goleiro adiantado e tocou por cobertura. O Brasil está na semifinal.
Por Redação AEC | Fonte: Agência Futebol Interior
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