O ator Guilherme Karam morreu na manhã desta quinta-feira, no Rio. Ele estava internado havia cerca de dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte, tratando da síndrome de Machado - Joseph, uma doença degenerativa. A informação foi confirmada por familiares do ator, que seguem neste momento para o hospital. O último trabalho de Guilherme Karam na televisão foi na novela "América", em 2005. O ator conquistou o carinho do público quando integrou o elenco de "TV Pirata".
No humorístico, ele eternizou diversos personagens, como o apresentador da TV Macho, Zeca Bordoada, e o capanga Agronopoulos. Em setembro, o pai de Guilherme Karam, o militar aposentado Alfredo Karam, contou que o artista teve uma piora em seu quadro de saúde. “Estive no hospital, como sempre faço, e ele não está bem. Já vi a mesma coisa acontecer com o irmão e a mãe dele. O pulmão começou a dar problemas”, relatou: “Infelizmente, não tenho boas notícias. Só resta pedir a Deus para que ele não sofra”.
O relato triste do pai, almirante que foi ministro do governo Figueiredo, é de alguém desesperançoso. Guilherme Karam perdeu a mãe e um irmão com a mesma doença, infelizmente hereditária. As visitas que aconteciam há seis meses, quando o ator passou a permitir a presença de poucos amigos como a atriz Tessy Callado, também cessaram. “Ele não fala mais, só se comunica com os olhos. É difícil aceitar ser visto assim”, justifica Alfredo. Guilherme é dependente do pai, mas recebe um salário da TV Globo, onde trabalhou até fazer “América”, há dez anos. “É pelo reconhecimento do trabalho dele, de tudo o que ele fez lá”, avalia o pai: “Eu conto com Deus e minha fé. Tudo o que não queria é que meus filhos sofressem. Mas essa doença é minha sina”.
Por Redação GN | Fonte: Extra
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