Médica afirma que dieta sem glúten é prejudicial a quem não precisa cortar a proteína

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Médica afirma que dieta sem glúten é prejudicial a quem não precisa cortar a proteína


Com o aumento de métodos de detecção da doença celíaca e maior facilidade de diagnóstico, o número de pessoas que descobriram o problema e passaram incluir em sua dieta alimentos sem glúten aumentou consideravelmente nos últimos anos. Porém, de acordo com a médica Norelle Reilly, do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova York nos Estados Unidos, esse aumento não justifica o desproporcional crescimento da indústria de alimentos do tipo – principalmente para crianças.

“Preocupados com a saúde dos filhos, às vezes os pais colocam as crianças em uma dieta sem glúten na crença que isso alivia sintomas, pode prevenir a doença celíaca ou é uma alternativa mais saudável, mesmo sem um diagnóstico do transtorno ou uma consulta a um nutricionista”, afirmou a especialista. Num estudo realizado em 2015 entre 1.500 americanos, a maioria deles disse não ter “nenhuma razão específica” para adotar a dieta. A médica coloca que a maior preocupação da classe é a desinformação das pessoas sobre os riscos potenciais deste tipo de alimentação.

De acordo com ela, um dos maiores equívocos é que as pessoas pensam que a dieta sem glúten é mais saudável, sem desvantagens. Ela explica, então, que não existem benefícios comprovados para indivíduos não portadores da doença celíaca ou alergia a trigo – muito pelo contrário. A dieta diferenciada pode aumentar a ingestão de gorduras e calorias, contribuir para deficiências nutricionais ou esconder um diagnóstico da doença celíaca. Não existem dados que comprovem uma ‘toxidade’ no glúten, como afirmado por muitos.

Guiado por nutricionistas, um pequeno grupo do estudo afirma que a dieta sem glúten pode trazer benefícios para a saúde e qualidade de vida. Mas Norelle afirma que não existem evidências científicas que a não ingestão de glúten seja benéfica para crianças sem diagnóstico verificado de doença celíaca. Afirma ainda que as deficiências nutricionais podem trazer mais riscos que benefícios. “Os pais devem ser aconselhados sobre as possíveis consequências financeiras, sociais e nutricionais sobre a implementação desnecessária de uma dieta sem glúten”, finaliza.

Por Redação GN | Fonte: Bahia Notícias

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