Jovem assume ser autor de vídeo que exibe estupro coletivo no RJ

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Jovem assume ser autor de vídeo que exibe estupro coletivo no RJ


Raí de Souza, 22 anos, assumiu para a Polícia Civil (PC), na noite desta sexta-feira (27), ser responsável pela divulgação, em redes sociais, das imagens da garota de 16 anos que denunciou ter sido vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com a reportagem do G1, o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso, afirmou que a versão do rapaz "aponta que ele filmou e que quando ele comenta que '30 passaram aqui', estava fazendo referência a um funk".

O advogado que representa Raí, Claúdio Lúcio, disse que ele admitiu ser autor das imagens, mas negou que tenha ocorrido estupro. "Tá lá no depoimento dele, que ele realmente tinha filmado, que ele tava falando que 'é dos 30', tentando se vangloriar, mas que realmente não foi ele, que não houve estupro, houve um ato sim, permitido pela suposta vítima", disse o advogado.

Raí se apresentou na Cidade da Polícia (complexo da PC no RJ) junto com Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, jogador de futebol, com quem a garota disse ter um relacionamento e teria saído na noite anterior ao ocorrido. No entanto, Lucas negou namorar a jovem e Raí foi quem assumiu ter tido relações sexuais com ela.

Já o advogado de Lucas, Eduardo Antunes, também negou que tenha ocorrido estupro e reafirmou se tratar de menção a uma música conhecida na comunidade onde o caso ocorreu. “A questão dos 30 foi que existe um rap conhecido na comunidade que exalta um dos personagens lá do local dizendo que ‘o fulano é o cara, engravidou mais de 30’. Foi isso que me foi passado, eu não conheço o teor da música”, disse Eduardo.

Segundo o delegado, mais três pessoas vão ser ouvidas na próxima semana para ajudar a polícia a esclarecer o estupro coletivo. Mas, Alessandro Thiers não falou qual seria o envolvimento delas e enfatizou o empenho das investigações nesse caso. De acordo com o artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é considerado crime quem divulga imagens pornográficas envolvendo menores e a pena prevista pode ser de até seis anos de prisão.

Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, existem "indícios veementes" de que houve estupro. “Mas a polícia pode afirmar e assinar um documento dizendo que houve? Ainda não. Precisa de um resultado de um laudo, precisa do confronto do laudo com outros depoimentos que ainda não aconteceram. A presunção da polícia não se baseia em ‘ouvi dizer’. Se a polícia se baseasse nisso, três ou quatro deles já estariam mortos como foi amplamente divulgado em vários sites e redes sociais”, declarou.

Por Redação GN | Fonte: Metro1

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