Pesando cem quilos e vestindo manequim 50/52, a engenheira civil Kamilla Bittencourt, de 30 anos, foi eleita a gordinha mais bonita da Bahia. O título foi concedido na etapa regional do concurso 'A Mais Bela Gordinha do Brasil 2016', que aconteceu ontem, no Hotel Sol Bahia, em Patamares.
“Não esperava ganhar. Até falei para as meninas que se eu ficasse entre as cinco primeiras iria me acabar de chorar. Esse título significa muito para mim. É o sonho de uma menininha que sonhava em ser paquita - e nunca se encaixou nos padrões - se tornando realidade”, revela, emocionada.
Desempregada desde janeiro, Kamilla estuda para concurso público e ficou sabendo do concurso através da internet. “Vi a Rebecca Pontual, que foi a vencedora do ano passado, e a procurei no Facebook. Depois consegui o contato da idealizadora do evento, Cláudia Ferreira, e tirei minhas dúvidas sobre o concurso”, conta a soteropolitana. “Mesmo desempregada, dei um jeito de pagar a inscrição (R$ 320). Me inscrevi principalmente porque enxerguei que seria uma oportunidade que poderia me abrir portas”, revela ela, que contou com o apoio dos amigos desde o início.
A engenheira vai representar a Bahia na etapa nacional do concurso, no próximo dia 20, no Rio de Janeiro. “O mais importante disso tudo é empoderar mulheres e levantar a autoestima delas. Sei que meninas que estão acima do peso, assim como eu, podem muito mais do que dizem. Não somos aberrações, como acreditam por aí. Somos gordas e somos lindas, independente de qualquer coisa. Não é porque somos gordinhas que não nos preocupamos com nossa saúde, não nos cuidamos”, completa.
Kamilla e mais doze candidatas, que disputaram o título, são um exemplo de qualquer mulher é bonita, independente do seu corpo e peso. “A beleza da mulher existe e não importa o tamanho que ela veste”, afirma Daniela Sancho, 34, que conquistou o segundo lugar no concurso. “Muita gente falava que eu tinha um rosto lindo e me dizia para ser modelo fotográfica, mas eu nunca quis. Com essa coisa do “plus size” surgindo e bombando, decidi participar do concurso. Minha família me deu o maior apoio e isso ajudou bastante pra que eu me sentisse bem”, acrescenta.
A terceira colocada, Stefanie Mazucato, 19, por sua vez, conta que participou do concurso porque queria saber como é estar numa passarela. “Queria, por uma única vez, me sentir uma modelo. A experiência foi muito boa. Me senti amada pelas pessoas e por minha família e pude ver que sou tão bonita quanto qualquer outra menina que estava aqui ou qualquer outra menina do país”.
Por Redação GN | Fonte: Correio 24h
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