A família de empresária Regina Múrmura, 70 anos, morta depois de entrar por engano em uma favela de Niterói, no Rio de Janeiro, pensa em acionar o governo do Estado e o aplicativo Waze no estado. Regina e o marido, o juiz arbitral Francisco Múrmura, seguiam as orientações dadas pelo app no celular e acabaram entrando no Complexo do Caramujo, no último sábado. O carro do casal foi alvo de tiros disparados por traficantes. Baleada, Regina morreu antes de chegar ao hospital.
"Muitos já me procuraram falando sobre isso (processo), mas ainda estamos avaliando. Não é pelo dinheiro, porque o que eu queria mesmo era ela, e isso não terei nunca mais", disse ao Extra Francisco, de 69 anos.
O casal estava indo do Leme, onde moravam, até um restaurante na Região Oceânica em Niterói. Francisco sabia o caminho, mas a esposa resolveu experimentar o aplicativo de GPS. "Ela falou: “Quem sabe não encontramos algo interessante?”, conta o viúvo.
Os dois eram casados há 48 anos, depois de começar a namorar na escola, e já planejavam uma grande festa para as Bodas de Ouro. "Agora, só ficou uma cratera".
O principal suspeito pelo crime é o chefe do tráfico no Caramujo, Rodrigo da Silva Rodrigues.
Leia o depoimento do viúvo:
“A gente trabalhava com turismo desde 1985, éramos como embaixadores da área no Rio. Foram 30 anos dedicados a fazer propaganda positiva da cidade, mas agora passo como um grande mentiroso. Ainda não sei o que farei daqui em diante, mas essa parte morreu automaticamente com ela. Agora, nossa luta é para que essa morte não passe batida. Amanhã aparece outro caso, e a Regina vira só mais um número. O governador, o secretário de Segurança, o prefeito... Alguém precisa fazer algo. Uma simples placa na entrada da comunidade já ajudaria a evitar. Ou será que perdemos até o direito de nos indignar? Você enterra uma pessoa, seja quem for, como se fosse um boneco. Virou normal.”
Por Redação BGO | Fonte: Correio 24h
"Muitos já me procuraram falando sobre isso (processo), mas ainda estamos avaliando. Não é pelo dinheiro, porque o que eu queria mesmo era ela, e isso não terei nunca mais", disse ao Extra Francisco, de 69 anos.
O casal estava indo do Leme, onde moravam, até um restaurante na Região Oceânica em Niterói. Francisco sabia o caminho, mas a esposa resolveu experimentar o aplicativo de GPS. "Ela falou: “Quem sabe não encontramos algo interessante?”, conta o viúvo.
Os dois eram casados há 48 anos, depois de começar a namorar na escola, e já planejavam uma grande festa para as Bodas de Ouro. "Agora, só ficou uma cratera".
O principal suspeito pelo crime é o chefe do tráfico no Caramujo, Rodrigo da Silva Rodrigues.
Leia o depoimento do viúvo:
“A gente trabalhava com turismo desde 1985, éramos como embaixadores da área no Rio. Foram 30 anos dedicados a fazer propaganda positiva da cidade, mas agora passo como um grande mentiroso. Ainda não sei o que farei daqui em diante, mas essa parte morreu automaticamente com ela. Agora, nossa luta é para que essa morte não passe batida. Amanhã aparece outro caso, e a Regina vira só mais um número. O governador, o secretário de Segurança, o prefeito... Alguém precisa fazer algo. Uma simples placa na entrada da comunidade já ajudaria a evitar. Ou será que perdemos até o direito de nos indignar? Você enterra uma pessoa, seja quem for, como se fosse um boneco. Virou normal.”
Por Redação BGO | Fonte: Correio 24h
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