Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de separar os processos da Operação Lava Jato, os advogados dos suspeitos devem iniciar uma onda de contestações, sob o argumento de que os casos não têm relação direta com a Petrobras. Segundo a Folha de S. Paulo, as defesas já se preparam para os recursos, mas não acreditam que este será “o fim da Lava Jato”. A decisão do STF diz respeito ao caso da empresa Consist, que é suspeita de desviar recursos do Ministério do Planejamento e distribuí-los a parlamentares. Porém, isso pode se refletir principalmente em outros dois processos: o que envolve a estatal Eletronuclear e as obras da usina nuclear de Angra 3; e os processos que envolvem contratos do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. As defesas de Flávio Barra, executivo da Andrade Gutierrez, e do almirante Othon Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, informara que vão protocolar uma reclamação no STF para tentar retirar o juiz Federal Sergio Moro dos casos. Moro ainda não se pronunciou sobre a decisão, mas marcou audiências do caso de Angra 3 para outubro – o que para o advogado do almirante, Elton Pinho, mostraria que ele acredita ser competente para analisar a questão. "O que eu não entendo é o interesse de ele [Moro] permanecer com o caso da Eletronuclear, que não tem nada a ver com Petrobras. A reclamação ao Supremo é cabível porque se trata de situação análoga à da decisão desta semana", disse Pinho.
Por Redação BGO | Fonte: Bahia Notícias
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