Em mais um apelo dramático pela preservação do Rio São Francisco, o prefeito de Bom Jesus da Lapa/BA, Eudes Ribeiro (PV), chegou a afirmar que se algo não for feito o rio poderá virar “um riacho” num prazo de quatro anos.
Membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia, ex-secretário da pasta e um dos representantes baianos no Fórum do Nordeste, o deputado Eduardo Salles (PP) diz não ser tão “extremista” a ponto de prenunciar que o São Francisco vire um riacho em curto tempo, mas alerta que a situação “é gravíssima” e tem que haver “um planejamento imediato para ações de curto, médio e longo prazos.
” O prefeito Eudes Ribeiro afirmou que mesmo com R$ 1 bilhão para a transposição e cerca de R$ 100 milhões para a recuperação, o rio “não recebeu nenhuma obra que interrompa o curso da sua degradação.” De acordo com o prefeito, a situação é de tal forma dramática que “em alguns trechos, a navegabilidade é nula”.
Com isso, Eduardo Salles (que ressalva não terem sido cumpridas as promessas de preservação feitas quando do lançamento do projeto de transposição) não só concorda como exemplifica: “O transporte de produtos agrícolas, como soja e algodão, por exemplo, que antes era feito com tranquilidade, hoje sequer pode ser efetuado entre Ibotirama e Juazeiro, devido ao assoreamento do rio, reduzindo drasticamente a profundidade e fazendo com com as embarcações encalhem”.
Exaustão - Ainda de acordo com o ex-secretário estadual da Agricultura, o problema do assoreamento do leito é consequência direta da devastação das matas ciliares (aquelas que margeiam o curso d’água). “Isso faz com que, com as chuvas, muita terra caia diretamente no rio, reduzindo cada vez mais a sua navegabilidade.” Se, de um lado, Salles, acha que o prefeito de Bom Jesus da Lapa “exagerou” no prazo para a “morte” do rio, de outro ele não poupa esforços para alertar que a situação é mesmo muito difícil. “Não podemos deixar que a devastação continue - afirma o deputado -, inclusive matando as diversas nascentes que abastecem o Velho Chico ao longo do seu curso na Bahia.”
Para Salles, “nada de concreto foi feito ainda para combater o processo de degradação do rio. E não adianta fazer projetos que fiquem a depender do Orçamento da União. É necessário que se crie um fundo específico para o São Francisco, a fim de evitar a sua morte.” Ele dá mais um exemplo da situação dramática do rio: “Hoje, praticamente já não se consegue mais pescar, por exemplo, o surubim, peixe típico do São Francisco. Antigamente, havia surubins de 50 ou até 60 quilos. Então, é necessário chamar a atenção para que se faça o repovoamento dos peixes nativos, além de replantar a mata ciliar e realizar a dragagem nos trechos críticos.” Fonte: Aragão Notícias
Membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia, ex-secretário da pasta e um dos representantes baianos no Fórum do Nordeste, o deputado Eduardo Salles (PP) diz não ser tão “extremista” a ponto de prenunciar que o São Francisco vire um riacho em curto tempo, mas alerta que a situação “é gravíssima” e tem que haver “um planejamento imediato para ações de curto, médio e longo prazos.
” O prefeito Eudes Ribeiro afirmou que mesmo com R$ 1 bilhão para a transposição e cerca de R$ 100 milhões para a recuperação, o rio “não recebeu nenhuma obra que interrompa o curso da sua degradação.” De acordo com o prefeito, a situação é de tal forma dramática que “em alguns trechos, a navegabilidade é nula”.
Com isso, Eduardo Salles (que ressalva não terem sido cumpridas as promessas de preservação feitas quando do lançamento do projeto de transposição) não só concorda como exemplifica: “O transporte de produtos agrícolas, como soja e algodão, por exemplo, que antes era feito com tranquilidade, hoje sequer pode ser efetuado entre Ibotirama e Juazeiro, devido ao assoreamento do rio, reduzindo drasticamente a profundidade e fazendo com com as embarcações encalhem”.
Exaustão - Ainda de acordo com o ex-secretário estadual da Agricultura, o problema do assoreamento do leito é consequência direta da devastação das matas ciliares (aquelas que margeiam o curso d’água). “Isso faz com que, com as chuvas, muita terra caia diretamente no rio, reduzindo cada vez mais a sua navegabilidade.” Se, de um lado, Salles, acha que o prefeito de Bom Jesus da Lapa “exagerou” no prazo para a “morte” do rio, de outro ele não poupa esforços para alertar que a situação é mesmo muito difícil. “Não podemos deixar que a devastação continue - afirma o deputado -, inclusive matando as diversas nascentes que abastecem o Velho Chico ao longo do seu curso na Bahia.”
Para Salles, “nada de concreto foi feito ainda para combater o processo de degradação do rio. E não adianta fazer projetos que fiquem a depender do Orçamento da União. É necessário que se crie um fundo específico para o São Francisco, a fim de evitar a sua morte.” Ele dá mais um exemplo da situação dramática do rio: “Hoje, praticamente já não se consegue mais pescar, por exemplo, o surubim, peixe típico do São Francisco. Antigamente, havia surubins de 50 ou até 60 quilos. Então, é necessário chamar a atenção para que se faça o repovoamento dos peixes nativos, além de replantar a mata ciliar e realizar a dragagem nos trechos críticos.” Fonte: Aragão Notícias
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