A taxa de desocupação fechou o ano passado em 6,8%, registrando queda em relação a 2013, quando a taxa de desocupação foi 7,1%. Em 2012, a taxa ficou 7,4%. Os dados foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam um desemprego maior em relação à Pesquisa Mensal de Emprego (PEM), também do IBGE, que foi 4,8%. A pesquisa é calculada em seis das principais regiões do país.
No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desocupação fechou em 6,5% em todo o país, registrando queda em relação aos 6,8% do terceiro trimestre. Quando comparado com o quarto timestre de 2013, com 6,2%, a taxa de descocupação cresceu.
Os dados divulgados indicam que a população desocupada recuou na passagem do terceiro para o quarto trimestre, passando de 6,7 milhões para 6,5 milhões de pessoas. Entre a população ocupada houve aumento do terceiro para o quarto trimestre, passando de 92,3 milhões para 92,9 milhões. No quarto trimestre de 2013, a população ocupada era 91,9 milhões de trabalhadores.
No que diz respeito à população desocupada, do terceiro para o quarto trimestre do ano passado o número passou de 6,1 milhões para 6,5 milhões de trabalhadores.
Abrangendo maior número de regiões do país, a Pnad Contínua substituirá a atual Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
INDÚSTRIA
Apesar da ligeira recuperação de 0,4% em dezembro do ano passado, em relação a novembro, na série livre de influências sazonais, o emprego no setor industrial fechou 2014 com queda acumulada de 3,2%. O resultado do último mês do ano interrompe uma sequência de oito meses consecutivos de resultados negativos.
Ao fechar com a taxa anualizada (acumulada dos últimos 12 meses) de 3,2%, o emprego na indústria manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013, quando a taxa de emprego ficou negativa em 1%. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal, Emprego e Salário (Pimes) foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, na comparação com dezembro de 2013, o emprego no setor caiu 4% – o 39º resultado negativo consecutivo nessa comparação.
A queda de 4% em dezembro do ano passado, em relação a dezembro de 2013, reflete retração no emprego nos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global veio de São Paulo (-4,7%). Também registraram resultados negativos a Região Nordeste (-4,4%); Minas Gerais (-4,5%); regiões Norte e Centro-Oeste (-4,4%); o Rio Grande do Sul (-3,3%); o Paraná (-2,8%); e o Rio de Janeiro (-4%).
Por outro lado, os dados do IBGE indicam que, no acumulado dos 12 meses de 2014, a queda de 3,2% reflete resultados negativos em 13 dos 14 locais analisados e em 16 dos 18 setores avaliados. O principal impacto negativo no ano veio de São Paulo (-4,3%), seguido por Rio Grande do Sul (-4,2%), Paraná (-4,2%), Minas Gerais (-2,8%), Região Nordeste (-2,1%), Rio de Janeiro (-2,8%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-1,7%). O estado de Pernambuco foi o único que teve ligeiro avanço (0,1%).
Setorialmente, ainda no índice acumulado do ano, as contribuições negativas mais relevantes para o emprego vieram de produtos de metal (-7,3%), meios de transporte (-5,4%), máquinas e equipamentos (-5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,2%), calçados e couro (-8,0%), vestuário (-3,4%), outros produtos da indústria de transformação (-4,5%), têxteis (-4,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) e metalurgia básica (-4,1%).
Em dezembro último, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, teve variação negativa de 0,1%, na comparação com o mês imediatamente anterior. O resultado foi a oitava taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,9% no período. Fonte: Agência Brasil
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