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Veja 11 hábitos que parecem ótimos para a saúde, mas não são

Foto: Reprodução
Passar protetor solar demais e fugir do sol, e comer muitos alimentos light são alguns dos costumes que parecem ser sempre bons, mas podem esconder riscos. Muitas pessoas, ao tentarem adotar práticas saudáveis sem acompanhamento médico, fazem escolhas que nem sempre são as mais indicadas para o corpo.

Veja algumas escolhas que, segundo a nutricionista Rosane França, são exemplos desses comportamentos.

Ingerir muitos alimentos light e diet
Para emagrecer ou reduzir a quantidade de açúcar, pessoas optam por alimentos light e diet em quantidade excessiva. O problema é que alguns desses itens têm redução de nutrientes importantes em relação à versão normal. “Um iogurte light, por exemplo, pode até ter menos calorias, mas tem mais soro de leite do que leite propriamente dito e ainda são usados espessantes, corantes e outros aditivos industrializados. Seria mais saudável comer o normal”, afirma Rosane. Outra questão é que, muitas vezes, as pessoas comem mais só porque o alimento é diet, o que pode levar à engordar.

Substituir leite de vaca por leite de soja
A não ser que se tenha intolerância a lactose, deixar de tomar leite de vaca para consumir apenas o de soja pode ser uma ideia ruim. A bebida de soja não possui nem 30% da quantidade de cálcio do leite comum e o processo industrial e químico pelo qual passa pode ser prejudicial. O controle no consumo se estende aos sucos feitos à base de soja.

Substituir refrigerante comum por diet/zero
Se tomar refrigerante comum já é ruim para a saúde, beber sua versão diet é ainda pior. Além de não ter nenhum nutriente, o líquido tem grandes quantidades de corantes e aromatizantes que causam diversos problemas de saúde. Apesar de não ter açúcar em sua fórmula, o refresco fica doce devido ao aspartame, substância associada a problemas como dor de cabeça, fadiga, ansiedade e compulsão por comida.

Fazer atividade física só no final de semana
Atletas de fim de semana estão expostos a muito mais riscos do que benefícios com a prática. Atividades físicas informais uma vez a cada sete dias não faz diferença significativa para a perda de peso ou melhorar a saúde e ainda pode ser a causa de lesões musculares e problemas cardíacos, principalmente em atividades que exigem preparo físico, como o futebol.

Deixar de comer arroz com feijão à noite
Com medo de engordar, muita gente deixa de comer o tradicional arroz com feijão na hora do jantar. Mas, segundo Rosane, restringir o consumo não ajuda em nada. Pelo contrário. “Feijão com arroz é a combinação proteica perfeita. Só faz mal, se a pessoa jantar às 22h e dormir às 23h. Se ela comer às 20h e dormir às 23h, não tem problema nenhum”, afirma.

Tomar suco em vez de comer a fruta
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, tomar suco de fruta não é equivalente a comê-la, é pior. Isso porque, além de ingerir mais fibras (quase que eliminadas pelo processamento do alimento), a quantidade de calorias consumidas é menor, já que um copo de suco costuma levar mais de uma unidade. E a ilusão de que sucos são sempre a melhor opção ainda pode causar o ganho de peso, se houver excesso, pois são consideravelmente calóricos.

Usar filtro solar em excesso e fugir do sol
Proteger a pele dos raios solares é essencial para prevenir o envelhecimento precoce e doenças cutâneas, mas o exagero também não é recomendado. O motivo é que, ao bloquear o sol, isso prejudica a sintetização da vitamina D. Sem esse nutriente, outras doenças podem surgir, como do coração e deficiências de cálcio. Rosane não é contra o uso de filtro solar, mas recomenda uma exposição direta de 10 a 15 minutos ao sol da manhã (menos nocivo).

Não tomar café da manhã
Algumas pessoas acham melhor pular o café da manhã, com as justificativas de não ter tempo, de ficar enjoado ao comer pela manhã ou até mesmo para emagrecer, mas esse hábito é altamente prejudicial para o organismo. “As pessoas ficam dormindo por oito horas e o cérebro precisa de glicose para funcionar. Se não tiver, ele vai consumir massa magra (músculos)”, diz Rosane.

Comprar qualquer pão integral
Se está escrito no rótulo que o pão é integral, então ele sempre vai ser bom, certo? Errado. De acordo com a nutricionista, há marcas de pão integral que usam grande quantidade de farinha branca na receita do integral e, por isso, não dão saciedade nem fornecem a quantidade de fibras oferecidas por outros produtos deste tipo. Na hora de comprar, é importante ver se o pacote traz fatias mais massudas, que são pesadas e em menor quantidade e tamanho.

Comer muita proteína
Diversas dietas afirmam que a ingestão de proteína e a redução de carboidratos são as chaves para perder peso. No entanto, França diz que o excesso desse nutriente não é benéfico e pode causar problemas. “A ideia de que a pessoa emagrece com a dieta da proteína é falsa, porque, na verdade, ela perde água e há uma desidratação”, afirma. Além de não representar efeitos no longo prazo, pois o corpo passa a gastar massa magra e não gordura, exagerar em alimentos como carnes e ovos pode sobrecarregar os rins. Como se não bastasse, um estudo recente associou o excesso de proteína ao câncer em pessoas de 50 a 65 anos de idade.

Tomar suplementos vitamínicos
Para quem não tem problemas de saúde que exigem esse tipo de recurso, não é necessário tomar vitaminas e suplementos alimentares. Com o excesso de consumo desse recurso, boa parte daquilo que o corpo não precisa é descartada, mas, antes, tudo passa pelo fígado, para ser “selecionado”. Isso pode causar a sobrecarga do órgão, que passa a trabalhar bem mais do que o necessário. Informações da Exame. (Bahia Notícias)