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Veja algumas escolhas que, segundo a nutricionista Rosane França, são exemplos desses comportamentos.
Ingerir muitos alimentos light e diet
Para emagrecer ou reduzir a quantidade de açúcar, pessoas optam por alimentos light e diet em quantidade excessiva. O problema é que alguns desses itens têm redução de nutrientes importantes em relação à versão normal. “Um iogurte light, por exemplo, pode até ter menos calorias, mas tem mais soro de leite do que leite propriamente dito e ainda são usados espessantes, corantes e outros aditivos industrializados. Seria mais saudável comer o normal”, afirma Rosane. Outra questão é que, muitas vezes, as pessoas comem mais só porque o alimento é diet, o que pode levar à engordar.
Substituir leite de vaca por leite de soja
A não ser que se tenha intolerância a lactose, deixar de tomar leite de vaca para consumir apenas o de soja pode ser uma ideia ruim. A bebida de soja não possui nem 30% da quantidade de cálcio do leite comum e o processo industrial e químico pelo qual passa pode ser prejudicial. O controle no consumo se estende aos sucos feitos à base de soja.
Substituir refrigerante comum por diet/zero
Se tomar refrigerante comum já é ruim para a saúde, beber sua versão diet é ainda pior. Além de não ter nenhum nutriente, o líquido tem grandes quantidades de corantes e aromatizantes que causam diversos problemas de saúde. Apesar de não ter açúcar em sua fórmula, o refresco fica doce devido ao aspartame, substância associada a problemas como dor de cabeça, fadiga, ansiedade e compulsão por comida.
Fazer atividade física só no final de semana
Atletas de fim de semana estão expostos a muito mais riscos do que benefícios com a prática. Atividades físicas informais uma vez a cada sete dias não faz diferença significativa para a perda de peso ou melhorar a saúde e ainda pode ser a causa de lesões musculares e problemas cardíacos, principalmente em atividades que exigem preparo físico, como o futebol.
Deixar de comer arroz com feijão à noite
Com medo de engordar, muita gente deixa de comer o tradicional arroz com feijão na hora do jantar. Mas, segundo Rosane, restringir o consumo não ajuda em nada. Pelo contrário. “Feijão com arroz é a combinação proteica perfeita. Só faz mal, se a pessoa jantar às 22h e dormir às 23h. Se ela comer às 20h e dormir às 23h, não tem problema nenhum”, afirma.
Tomar suco em vez de comer a fruta
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, tomar suco de fruta não é equivalente a comê-la, é pior. Isso porque, além de ingerir mais fibras (quase que eliminadas pelo processamento do alimento), a quantidade de calorias consumidas é menor, já que um copo de suco costuma levar mais de uma unidade. E a ilusão de que sucos são sempre a melhor opção ainda pode causar o ganho de peso, se houver excesso, pois são consideravelmente calóricos.
Usar filtro solar em excesso e fugir do sol
Proteger a pele dos raios solares é essencial para prevenir o envelhecimento precoce e doenças cutâneas, mas o exagero também não é recomendado. O motivo é que, ao bloquear o sol, isso prejudica a sintetização da vitamina D. Sem esse nutriente, outras doenças podem surgir, como do coração e deficiências de cálcio. Rosane não é contra o uso de filtro solar, mas recomenda uma exposição direta de 10 a 15 minutos ao sol da manhã (menos nocivo).
Não tomar café da manhã
Algumas pessoas acham melhor pular o café da manhã, com as justificativas de não ter tempo, de ficar enjoado ao comer pela manhã ou até mesmo para emagrecer, mas esse hábito é altamente prejudicial para o organismo. “As pessoas ficam dormindo por oito horas e o cérebro precisa de glicose para funcionar. Se não tiver, ele vai consumir massa magra (músculos)”, diz Rosane.
Comprar qualquer pão integral
Se está escrito no rótulo que o pão é integral, então ele sempre vai ser bom, certo? Errado. De acordo com a nutricionista, há marcas de pão integral que usam grande quantidade de farinha branca na receita do integral e, por isso, não dão saciedade nem fornecem a quantidade de fibras oferecidas por outros produtos deste tipo. Na hora de comprar, é importante ver se o pacote traz fatias mais massudas, que são pesadas e em menor quantidade e tamanho.
Comer muita proteína
Diversas dietas afirmam que a ingestão de proteína e a redução de carboidratos são as chaves para perder peso. No entanto, França diz que o excesso desse nutriente não é benéfico e pode causar problemas. “A ideia de que a pessoa emagrece com a dieta da proteína é falsa, porque, na verdade, ela perde água e há uma desidratação”, afirma. Além de não representar efeitos no longo prazo, pois o corpo passa a gastar massa magra e não gordura, exagerar em alimentos como carnes e ovos pode sobrecarregar os rins. Como se não bastasse, um estudo recente associou o excesso de proteína ao câncer em pessoas de 50 a 65 anos de idade.
Tomar suplementos vitamínicos
Para quem não tem problemas de saúde que exigem esse tipo de recurso, não é necessário tomar vitaminas e suplementos alimentares. Com o excesso de consumo desse recurso, boa parte daquilo que o corpo não precisa é descartada, mas, antes, tudo passa pelo fígado, para ser “selecionado”. Isso pode causar a sobrecarga do órgão, que passa a trabalhar bem mais do que o necessário. Informações da Exame. (Bahia Notícias)