A ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther
Dweck, fez um balanço preliminar do comparecimento ao Concurso Público
Nacional Unificado (CNPU), neste domingo (18), afirmando que cerca de 1
milhão de pessoas fizeram o certame.
O número de inscritos no CNU
somou 2,14 milhões, o que significa um percentual de abstenção acima de
50%. “Está dentro da nossa expectativa, comparando com outros concursos
desse tamanho, nesse quantitativo de gente”, afirmou a ministra.
De
acordo com Esther, o Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção e o
Ceará teve a maior. Os dados são preliminares e o Ministério da Gestão
divulgará amanhã (19) os dados consolidados.
Segundo ela, a taxa
de abstenção ficou abaixo de que outros certames recentes, como o do
Banco Central. “A média histórica é em torno de 40%, chegando a 50% em
concursos maiores”.
Durante coletiva, a ministra disse que a taxa
de abstenção foi puxada sobretudo pelos faltantes que concorriam a
vagas de ensino médio, enquanto os candidatos de nível superior
compareceram em maior número.
“O maior percentual de abstenção
foi no nível médio, o bloco 8, que tinha a maior relação candidato por
vaga. Nos outros blocos ficou abaixo da média. O menor bloco de
abstenção foi o 3, da área ambiental, agrária e biológica. Mas, em
geral, os percentuais de [abstenção] de nível superior ficaram em
percentuais muito próximos. E o que destoou mesmo foi o nível
intermediário”, avaliou a ministra.
Ela comemorou a presença de 1
milhão participantes no CNU, o que mantém o concurso como o maior já
realizado no país. “Nosso objetivo era mudar a cara do serviço público
brasileiro e deixa-lo com a cara do Brasil, podendo incorporar nesse
concurso a grande diversidade brasileira”, frisou ela.
Segundo
dados do MGI, os inscritos no concurso foram oriundos de quase todos os
municípios brasileiros, com a exceção de apenas dez cidades.
Questionada,
a ministra considerou não ter sido grande o impacto do adiamento do
concurso para a taxa de abstenção elevada. “A questão da mudança da data
pode sim ter interferido na decisão das pessoas, por isso a gente
permitiu que as pessoas desistissem e tivessem a taxa [de inscrição]
devolvida, mas tivemos muito poucas pessoas que decidiram por isso”,
destacou.
Inicialmente, as provas ocorreriam em 5 de maio.
Contudo, dois dias antes da data marcada, em 3 de maio, o governo
federal adiou o concurso, por causa das fortes chuvas que atingiram
quase 95% (468, dos 497) dos municípios gaúchos.
Eliminados
De
acordo com a ministra, o concurso foi realizado sem grandes problemas,
com o registro de ocorrências em 0,2% dos locais de aplicação do CNU.
“Nada que tenha afetado efetivamente a realização da prova, apenas
atrasou um pouco”, disse.
Ainda segundo ela, cerca de 500
candidatos (0,05% do total) foram eliminados neste domingo por terem
apresentado condutas proibidas pelo edital, entre elas sair da sala da
prova levando o caderno de questões, o que era proibido.
“Isso
não é um vazamento de provas, não teve nenhum problema de segurança com
essa pessoas que saíram com o caderno de provas”, assegurou Esther
Dweck, que destacou ainda a baixa judicialização do certame.
Presente
na entrevista coletiva após o encerramento do CNU, o advogado-geral da
União, Jorge Messias, também ressaltou o número baixo de processos
envolvendo um concurso dessa magnitude. “Não tivemos uma única ação
judicial apresentada nas últimas 48 horas. Temos muita segurança da
correção na aplicação”, afirmou.
Próximos passos
As provas
começaram às 9h e foram encerradas entre as 17h30 e as 19h, a depender
do bloco de conhecimentos escolhido pelo candidato e do atendimento
especial no caso de participantes com alguma deficiência.
O
caderno de questões será disponibilizado ainda neste domingo, às 20h, na
página oficial do CNU. O gabarito oficial preliminar será divulgado na
terça-feira (20). O resultado final do certame está marcado para 21 de
novembro.
Maior seleção de servidores da história, com mais de
2,1 milhões de inscritos, o CNU foi realizado em 228 cidades espalhadas
por todos os estados e o Distrito Federal (DF). Ao todo, são 6.640 vagas
em 21 órgãos federais, na primeira vez que esse formato de seleção
única foi aplicado para preencher postos de trabalho no governo federal. *Agência Brasil
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