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Camelô, apresentador e candidato à presidência: curiosidades sobre a vida de Silvio Santos

 

Uma história de superação e sucessos. Assim pode ser definida a vida de Silvio Santos, que morreu neste sábado (17/8), aos 93 anos, em São Paulo.

Antes de se tornar um grande ícone da televisão brasileira e um dos maiores comunicadores do país, no entanto, Senor Abravanel (seu nome de batismo) começou a vida como camelô. Depois, ao longo de décadas, acumulou pioneirismos, marcos e até se candidatou à presidência.

Confira, abaixo, algumas curiosidades sobre a vida de Silvio Santos:

Vendedor nato

Filho dos imigrantes judeus Alberto e Rebeca Abravanel, Silvio era o mais velho de cinco irmãos e, desde cedo, mostrou talento para os negócios. Estudou contabilidade e, nas horas vagas, trabalhava como camelô nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, vendendo canetas e capas de plástico para títulos de eleitor nas eleições de 1946. Nesse período, também começou a fazer pequenos trabalhos como locutor de rádio.

Bateu recorde

Em 1993, o “Programa Silvio Santos” entrou para o Guinness Book – o Livro dos Recordes – como o programa mais duradouro da televisão brasileira. A atração segue no ar, hoje com 63 anos de história e sob o comando de uma das filhas de Silvio, Patrícia Abravanel, desde o ano passado.

Candidatura à presidência

Um dos momentos mais marcantes da trajetória de Silvio foi a entrada dele na disputa pela presidência do Brasil, em 1989. A candidatura de foi oficializada em 31 de outubro de 1989, mas durou apenas dez dias, pois foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro do mesmo ano. Originalmente, ele tentou se lançar pelo PFL (Partido da Frente Liberal) em substituição a Aureliano Chaves, mas acabou concorrendo pelo PMB (Partido Municipalista Brasileiro), hoje extinto.

Armando Corrêa, então candidato do PMB, renunciou duas semanas antes da eleição, permitindo que Silvio assumisse a candidatura. Isso gerou uma situação inusitada: para votar em Silvio Santos, os eleitores precisariam marcar o nome de Corrêa nas cédulas eleitorais, como o apresentador explicou em um vídeo de campanha. “A maior dificuldade minha é que o meu nome não aparece na cédula”, lamentou Silvio durante o horário eleitoral.

A candidatura relâmpago de Silvio Santos rapidamente conquistou cerca de 30% da preferência do eleitorado, segundo o site oficial do TSE. Naquele ano, seus principais concorrentes eram Fernando Collor de Mello (PRN), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Maluf (PDS) e Leonel Brizola (PDT).

O primeiro turno das eleições ocorreu em 15 de novembro de 1989, e Fernando Collor foi eleito presidente no segundo turno, em 17 de dezembro, com 46,96% dos votos, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva.

INTERNAÇÃO E MORTE

Silvio estava internado desde o dia 1º de agosto, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após dar entrada com H1N1. Neste sábado (17), a morte do comunicador e empresário foi confirmada pelo SBT, mas a causa do falecimento não foi divulgada.

Silvio Santos deixou sua marca na televisão brasileira, sendo lembrado por sua alegria e espontaneidade. Ele deixa a viúva Íris Abravanel, com quem se casou em 1978, e as filhas Daniela, Patrícia, Rebeca, Renata, Cíntia e Silvia. *FG

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