A Secretaria de Saúde do estado (Sesab) confirmou nesta quinta-feira (15), duas mortes por dengue no estado. Ambas aconteceram em cidades do sudoeste do estado e entre elas uma criança de 5 anos.
O óbito da criança ocorreu na cidade de Jacaraci, no dia 8 de fevereiro. Já a outra morte foi em Caetité, no entanto, a idade e a data do óbito não foram divulgadas.
Ainda não há detalhes do número total de mortes por dengue na Bahia em 2024. O g1 entrou em contato com a Sesab e aguarda retorno.
De acordo com a secretaria, um dos casos foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) e o outro por diagnóstico clínico epidemiológo.
Além desses dois casos, a morte de uma jovem de 18 anos, na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, é investigada. Segundo informações de familiares, Ana Luiza Rangel morreu no Hospital de Base com dengue.
O atestado de óbito aponta morte com coagulação intravascular disseminada, e tem relação com febre hemorrágica e dengue. No entanto, somente resultado de exames poderá confirmar se a paciente estava com dengue. Uma amostra de sangue de Ana Luiza foi enviada ao laboratório, mas ainda não há informação sobre data do resultado.
No mesmo dia em que a criança de 5 anos morreu com dengue em Jacaraci, a Sesab havia informado que o município estava com epidemia da doença. Até esta quinta-feira (15), Jacaraci e outras 12 cidades estão na mesma situação. O levantamento foi feito pelo Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan).
Municípios em Epidemia:
Bonito, Novo Horizonte, Piatã, Morro do Chapéu, Lajedão, Rodelas, Macaúbas, Jacaraci, Piripá, Encruzilhada, Cordeiros, Vitória da Conquista e Ipiaú.
Segundo o levantamento, outros oito municípios estão em alerta ou sob risco. Veja abaixo:
Municípios em alerta para epidemia:
Ibicoara, Tanque Novo, Mortugaba e Brejões.
Municípios sob risco:
Adustina, Chorrochó, Belo Campo e Anagé.
Para reduzir a possibilidade do avanço de casos, no dia 8 de fevereiro, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, teve uma reunião com prefeitos e gestores municipais de saúde de cerca de 70 municípios que estão em atenção para a doença, seja por causa do histórico da dengue nas cidades ou peplo local ter sofrido com as fortes chuvas do início do ano.
De acordo com a titular da pasta, as ações de combate ao vetor da dengue iniciadas em 2023 contribuíram para fazer com que a Bahia esteja, neste início de ano, com números menores que o mesmo período do ano passado. [Veja detalhes abaixo]
A Secretária ainda pontuou questões abordadas pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, no dia 7 de fevereiro, na reunião com governadores.
No encontro ainda foi destacado que a equipe técnica da Sesab tem intensificado o trabalho de apoio e assistência técnica aos municípios, realizando ações como capacitação com a rede assistencial no manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios.
A ideia da reunião foi fortalecer a cooperação entre as autoridades locais e a gestão de saúde, buscando soluções conjuntas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
Números no estado
👉 Entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024 (semanas epidemiológicas 1, 2, 3, 4 e 5), a Bahia tinha 4.068 casos notificados de dengue.
👉 Quando comparado ao mesmo período de 2023, apresenta redução de 11,8%, em que foram notificados 4.614 casos de dengue.
De acordo com dados divulgados pela Secretária Municipal da Saúde de Salvador (SMS) nesta quinta-feira, Salvador contabiliza 158 casos confirmados de dengue na 6ª semana epidemiológica, entre 31 de dezembro e 10 de fevereiro.
O número representa redução de 65% das notificações quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 453 casos.
Vacinação
A vacinação contra a dengue também foi abordada no encontro realizado no dia 8 de fevereiro. Inicialmente, o público-alvo será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Roberta Santana esclareceu que embora a vacinação seja um grande contribuição, é uma alternativa que terá resultado a médio e longo prazo. *G1
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