Sinais sutis como agressividade, falta de apetite e isolamento social podem denunciar que algo errado está acontecendo na vida de uma criança ou de um adolescente. Isso é o que garante a pedagoga e diretora de uma escola em Brasília, Carol Cianni.
O abuso sexual é uma das causas de comportamentos assim e o crescimento desse tipo de crime no Brasil assusta: só nos 3 primeiros meses desse ano, 17,5 mil violações sexuais contra criança ou adolescente foram registradas pelo Disque 100. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e apontam um aumento nas denúncias de quase 70% em relação ao mesmo período do ano passado.
E nesse Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o governo federal realiza diversas campanhas de conscientização sobre o tema. Mas como identificar que uma criança ou adolescente esteja sofrendo algum tipo de violência sexual? Mais importante que isso é saber orientar os jovens sobre como se defender desse tipo de situação.
Carol Cianni destaca que a família e a escola têm papel fundamental nessa prevenção. Para ela, levar o tema para sala de aula de forma leve e assertiva, explicando que o corpo é algo íntimo e sagrado, ajuda no entendimento dos alunos. Carol ainda explicou que a escola precisa ficar atenta a qualquer mudança no comportamento dos alunos para intervir de forma rápida.
A psicóloga Caroline Brilhante afirma que a maior parte dos abusos contra crianças e adolescentes é praticado por pessoas próximas da vítima e em ambientes conhecidos pela família. Por isso, é importante estar sempre alerta. Caroline destacou que monitorar e restringir o acesso à Internet pode evitar que a criança se exponha a situações de risco.
As denúncias de qualquer abuso sexual ou outro crime contra os direitos humanos podem ser feitas, de forma anônima e gratuita, pelo Disque 100. *Agência Brasil
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