Em uma ofensiva para tentar recuperar seus territórios, a Ucrânia bombardeou nesta terça-feira (12) a região de Kherson, no sul do país, atualmente sob domínio da Rússia. Ao menos sete pessoas morreram e quase 60 ficaram feridos, segundo anunciaram as forças de ocupação de Moscou.
Na segunda-feira (11), o governo ucraniano havia revelado planos de reconquistar territórios ocupados pela Rússia, no sul e no leste do país, utilizando armas e equipamentos que vêm sendo fornecidos ao país pelos Estados Unidos e por países europeus.
Foi o que aconteceu no ataque desta terça-feira, segundo a vice-comandante da administração das forças de ocupação russas em Kherson, Ekaterina Gubareva. Gubareva confirmou o balanço de sete mortos e acusou as forças ucranianas de terem utilizado o sistema americano de lançadores de foguetes múltiplos HIMARS.
“Está claro que foi um ataque deliberado, violento e cínico com mísseis de alta precisão. Aqui não há alvos militares (…) armazéns foram atingidos, assim como lojas, uma farmácia, postos de gasolina e até uma igreja”, disse o comandante da administração cívico-militar instalada pelos russos na região de Kherson, Vladimir Leontiev.
A Ucrânia não falou em número de mortos e afirmou que atacou alvos militares em Nova Kakhovka, com um balanço de 52 militares russos e um depósito de munições destruído.
Imagens divulgadas pelas autoridades de ocupação mostram vários edifícios destruídos. “Dezenas de casas foram atingidas (…) estamos retirando as pessoas dos escombros”, declarou Leontiev. “É uma tragédia terrível. O número de vítimas vai aumentar porque a magnitude dos danos é enorme”.
A região de Kherson, que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, está ocupada em grande parte pelas forças russas, que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O exército ucraniano investe na contraofensiva na região aproveitando que a maior parte das tropas russas está mobilizada no Donbass, leste da Ucrânia.
Na segunda-feira (11), Kiev afirmou que conseguiu recuperar
território e se aproximou de Kherson, uma cidade de 290.000 habitantes,
mas ainda não conseguiu avançar profundamente na área de defesa russa. *G1
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