A cidade de Salvador lidera o ranking de adolescentes brasileiras que, no 9º ano escolar, entre 13 e 15 anos, já haviam engravidado. Empatada com Maceió, a capital baiana dobrou o índice entre os anos de 2015 e 2019, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2015, Salvador estava no 18º lugar do ranking nacional, quando o índice de gravidez era de 6,2% entre as adolescentes sexualmente ativas. Em 2019, esse número subiu para 17,3%.
O percentual é consequência do não uso de métodos contraceptivos, como a camisinha. Em 2009, quase 7 em cada 10 estudantes que já haviam feito sexo (69,6%) disseram que um dos parceiros havia usado camisinha na última relação; dez anos depois, o percentual caiu para pouco mais da metade (54,9%).
A queda no uso de proteção foi significativa tanto entre os homens (de 72,8% para 59,6%), quanto mulheres (de 64,8% para 48,2%).
Além disso, o número de adolescentes que tinham mantido relação sexual aumentou nos últimos 10 anos, saindo de 35,8% para 38,8%.
No estudo feito em 2019, outras cidades do Brasil apresentaram aumento no índice de adolescentes grávidas até o 9º ano. Após Salvador e Maceió, a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, aparece como a segunda no ranking, com 16,5%. Curitiba, no Paraná, vem logo depois com índice de 15,8%. Veja ranking completo abaixo:
1º lugar: Salvador e Maceió, com 17,3%
2º lugar: Campo Grande, com 16,5%
3º lugar: Curitiba, com 15,8%
4º lugar: Aracaju, com 14,8%
5º lugar: Rio Branco, com 14,6%
6º lugar: Recife, com 12,9%
7º lugar: João Pessoa, com 12,8%
8º lugar: Florianópolis, com 12,6%
9º lugar: Brasília, com 12,3%
Rede pública e privada
A diferença de indicador não se dá apenas entre homens e mulheres, mas também entre os alunos de rede pública e privada.
Nas escolas públicas de Salvador, em 2019, quase metade dos adolescentes cursando o 9º ano haviam tido sua iniciação sexual. O índice de 47,4% foi o segundo maior percentual entre as capitais do país. Enquanto isso, nas escolas particulares a proporção era de 16,9%.
Além disso, frente a 2009, a proporção de estudantes que já haviam
tido relação sexual aumentou apenas na rede pública (era de 38,3%) ,
enquanto diminuiu um pouco nas escolas particulares (era de 19,8%). *G1
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