A Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de uma tonelada de cocaína entre os meses de janeiro e junho deste ano. O índice apresenta crescimento quando comparado ao do ano passado, que no mesmo período registrou 28,3 quilos de droga apreendida.
Segundo a PRF, o número de apreensões de maconha e anfetaminas também cresceu em 2022. Enquanto em 2021 foram apreendidos 58 quilos da erva e 754 comprimido, no primeiro semestre deste ano o índice subiu para 696 quilos e 282 mil comprimidos, respectivamente.
Segundo o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), George Paim, os locais de maior dificuldade para encontrar drogas são dentro dos veículos de carga.
“Nós temos tráfico em ônibus, dentro dos bagageiros e nas mochilas. E tem tráfico nos automóveis, que é mais complicado e mais complexo de encontrar. São drogas ocultadas em compartimentos de veículos de carga”, explicou.
Outros casos
Nos últimos 30 dias, grandes apreensões aconteceram na região de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador.
Na sexta-feira (17), 505 quilos de maconha foram apreendidos em um carro clonado na BR-324, próximo a Amélia Rodrigues. O motorista foi preso por suspeita de tráfico de drogas, receptação e uso de documentos falsificados.
No dia 13 de junho, 450 quilos de maconha foram encontrados na bagagem de um passageiro de um ônibus interestadual que passava pela BR-116. O veículo saiu de São Paulo e tinha a cidade de Natal como destino.
Também dentro de um ônibus na BR-116, foram encontrados 282 mil comprimidos de anfetamina, mais conhecido como rebite. O caso aconteceu no dia 10 de junho e o transporte seguia de Alta Floresta, no Mato Grosso, em direção a Recife.
Ainda na BR-116, quase meia tonelada de cocaína foi encontrada na carga de uma carreta que supostamente transportava sucata. O automóvel tinha um compartimento falso, onde a droga foi escondida.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Feira de Santana, Deivid Lopes, a localização da cidade, que tem o maior entroncamento do norte e nordeste, faz com que ela se torne rota para o tráfico de drogas.
O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), George Paim, confirma que a localização da cidade está atrelada ao número alto de apreensões.
“É uma necessidade de rota. Eles tentam construir rotas alternativas,
mas a PRF atua em todo país. Quando um veículo está acostumado com uma
rota e passa a sair dela, isso também chama atenção e faz com que os
colegas fiscalizem de forma mais criteriosa e identifiquem esse
ilícitos”, explicou. *G1 BA
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