A Polícia Civil investiga ameaças de um atendado recebidas por uma escola particular do bairro de Fazenda Grande IV, em Salvador.
De acordo com a polícia, a dona da escola contou que um perfil anônimo em uma rede social publicou imagens de armas, nomes de alunos e suas respectivas fotos, afirmando que haveria um massacre no local nesta segunda.
A Polícia Civil informou que a página foi apagada após a repercussão e o pânico causado. O caso é investigado pela 13ª Delegacia Territorial (DT/Cajazeiras).
Por causa da ameaça, pais de alguns alunos optaram por não mandar os filhos para a escola nesta segunda-feira (4). As aulas foram mantidas.
Uma equipe da ronda escolar da Polícia Militar esteve no local e nenhuma anormalidade foi constatada.
A mãe de um aluno, Eva Vilma, contou que não conseguiu dormir após a notícia das ameaças aparecerem em um grupo de mensagens composto por pais dos estudantes.
“Desde ontem eu não dormi. Ontem nós soubemos no grupo de pais, que crianças de 9 anos, do 4º ano, seriam vítimas de um massacre”, contou.
Eva Vilma informou que após a repercussão do possível massacre, surgiu a história de que poderia ter sido uma brincadeira feita por causa do dia da mentira.
“Eles não assustaram só as crianças, os pais também. Eu estou sem dormir, então assim eu peço que essa pessoa que fez isso, se foi realmente um ‘1º de abril’ diga, apareça e diga: ‘Olhe, foi só uma brincadeira’. Eles desestruturaram os pais, não é normal, eu quero entender o motivo”, afirmou.
Assim como muitos pais, por causa do medo, a mulher optou por não levar o filho, que tem 9 anos, para a escola nesta segunda.
“Eu não trouxe meu filho, ele está em casa, eu não sei se mando amanhã, como é que vai estar a minha cabeça. A gente deixa o filho na escola para estar feliz, porque está no acompanhamento”, disse Eva Vilma.
Em um comunicado, a escola disse que as ameaças se trataram de boatos e que depois de tomar conhecimento das mensagens, acionou a Polícia Militar ainda antes da abertura dos portões, que não verificou qualquer situação irregular. O colégio informou também que tem tomado medidas cabíveis.
“Na realidade tudo se trata de um 1º de abril, que os meninos fizeram essa brincadeira e as pessoas adultas disseminaram essa notícia”, disse a diretora Raquel Santos.
“Essas pessoas vão ter que se retratar pelo mal que causaram a todos os pais da nossa instituição”, concluiu.
Um pai de um aluno da escola, que preferiu não revelar identidade, contou que na última semana, um estudante ameaçou um funcionário do colégio com uma faca.
“Um aluno armado com a faca ameaçou contra a vida de um funcionário da escola por questão de discordar de alguma atitude do funcionário. Inclusive, escola particular, né?”, afirmou.
“Que a gente, às vezes, preza pelo estudo particular por questão mais de segurança, mas não é o que está acontecendo com esta instituição. Penso em mudar a minha filha da escola porque nessas situações, não é a primeira vez que acontece”, contou o pai do estudante.
Pais de alunos também afirmam que vídeos com brigas e agressões de alunos da instituição circulam pela internet.
No entanto, a diretora Raquel Santos nega as situações. “Aqui nunca
aconteceu nada disso. Aliás, muitas notícias que o povo ficam nos grupos
falando, realmente não acontecem nada”. *G1-BA
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