O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (11) que vai, junto com o G7, o grupo das nações mais industrializadas do mundo, retirar da Rússia o status comercial de "nação mais favorecida", uma medida que abriria caminho para aumentos de tarifas para produtos russos (leia mais abaixo).
O presidente Vladimir Putin é um "agressor, o agressor", disse Biden, e deve "pagar um preço"."Esses são os passos mais recentes que estamos dando, mas não são os últimos passos que estamos dando." disse Biden. A Rússia chama suas ações na Ucrânia de "operação especial".
Ele também disse que os Estados Unidos adicionariam novos nomes a uma lista de oligarcas russos que são sancionados e proibiriam a exportação de bens de luxo para a Rússia.
A cláusula de "nação mais favorecida", conhecida nos Estados Unidos como "relação comercial permanente normal", é a pedra angular do livre comércio. É um princípio de reciprocidade e de não discriminação que rege atualmente a maioria das relações comerciais entre os países.
Os movimentos coordenados de Washington, Londres e outros aliados se somam a uma série de sanções sem precedentes, controles de exportação e restrições bancárias destinadas a pressionar Putin a encerrar a maior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Cada país deve implementar a mudança no status comercial da Rússia com base em seus próprios processos nacionais, disseram fontes da administração americana.
Nos Estados Unidos, remover o status de "Relações Comerciais Normais Permanentes" da Rússia exigirá um ato do Congresso, mas legisladores de ambas as casas - e de ambos os lados do corredor político - já sinalizaram seu apoio.
Em 2019, a Rússia foi o 26º maior parceiro comercial de bens dos Estados Unidos, com cerca de US$ 28 bilhões trocados entre os dois países, segundo o escritório do Representante Comercial dos EUA.
As principais importações americanas da Rússia incluem combustíveis
minerais, metais preciosos e pedras, ferro e aço, fertilizantes e
produtos químicos inorgânicos, todos bens que podem enfrentar tarifas
mais altas assim que o Congresso agir para revogar o status comercial de
nação favorecida da Rússia. *G1
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