A eliminação na primeira fase do Campeonato Baiano ainda ecoa na cabeça dos tricolores. Acostumado com a hegemonia no estadual, o Bahia deu adeus de forma precoce à luta pelo título de número 50 no Baianão e pelo segundo ano consecutivo não estará na decisão do torneio. Agora, o time corre para evitar um novo vexame: na Copa do Nordeste.
Neste sábado (19), o tricolor encara o Sergipe, no estádio Batistão, em Aracaju, pela última rodada da primeira fase do Nordestão. Assim como no Campeonato Baiano, o tricolor não depende apenas das próprias forças e, além de fazer a sua parte, vai ter que torcer contra os concorrentes para conseguir avançar às quartas de final.
A diferença, é que na Copa do Nordeste os cenários são um pouco mais positivos. O Esquadrão é o atual 5º colocado do grupo B, com 10 pontos, um a menos do que o Náutico, que fecha a zona de classificação. Se vencer o Sergipe fora de casa, basta torcer para que o Timbu ou o Botafogo-PB – que é o terceiro com 12 pontos -, não vençam na rodada.
O tricolor pode se classificar até com um empate. Nesse caso, precisa torcer para que o Náutico seja derrotado pelo Globo-RN, fora de casa, o Sousa não vença o Atlético de Alagoinhas no Carneirão, e o Altos no máximo empate com o CSA, em Alagoas. Assim, o Esquadrão empataria em número de pontos com os pernambucanos, mas levaria vantagem no saldo de gols.
Atravessando uma fase na qual tem acumulado insucessos, o Bahia tenta evitar que mais uma marca negativa seja batida. Apenas uma vez em toda história da Copa do Nordeste o campeão de uma edição foi eliminado na primeira fase do torneio seguinte. Em 2019, o Sampaio Corrêa entrou como o grande campeão ao bater justamente o tricolor na final de 2018, mas acabou ficando fora das quartas de final.
“Existe essa possibilidade sábado [eliminação na Copa do Nordeste], mas a gente tem muita fé de que vamos conseguir um grande triunfo e a esperança do resultado em São Luis do Maranhão, até porque o Sampaio depende de um empate para classificar, e isso nos daria a condição. Vamos buscar estar entre os quatro finalistas da nossa chave”, disse o técnico Guto Ferreira.
Além do ganho esportivo e de salvar o primeiro trimestre de trabalho do tricolor, uma eventual classificação às quartas de final do Nordestão significa também reforço nos cofres do clube. Se passar de fase, o Bahia vai embolsar R$ 300 mil.
Se chegar até a decisão e conquistar o título de campeão, o Esquadrão vai faturar um total de R$ 2,15 milhões em premiações. Dinheiro importante para um clube que desde o rebaixamento à Série B do Brasileirão vem acumulando perda de receitas e sabe que a parte financeira vai ser um dos grandes desafios na condução da equipe de volta à Série A.
Um outro ponto que vai ser afetado em caso de nova eliminação é o calendário. Sem Baianão e Copa do Nordeste, o Bahia ficaria cerca de 20 dias sem partidas oficiais já que a estreia da equipe na Série B está prevista para o dia 9 de abril, contra o Cruzeiro, na Fonte Nova.
“Acho que o que conta é o momento. Os erros foram há duas ou três
rodadas atrás. A gente já virou essa chave e confia muito na
classificação da Copa do Nordeste. À medida que ela não aconteça, é hora
de avaliar o que aconteceu no caminho. É nas dificuldades que você
aprende”, analisou Guto. *Correio da Bahia
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