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Titular interino da Seap é agente penitenciário de carreira e foi diretor de sindicato

 

Em conjunto com a exoneração de Nestor Duarte, o governo da Bahia anunciou também, nesta terça-feira (22), o novo titular da Secretaria Estadual Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap): Luís Antônio Fonseca, que deixa a Superintendência de Ressocialização Sustentável e assume a pasta de forma interina.

Luís Antônio é agente penitenciário de carreira e, durante muitos anos, atuou como sindicalista. Foi coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) e vice-presidente da Federação Brasileira dos Servidores do Sistema Penitenciário (Febraspen).

O nome de Luís Antônio corria por fora na disputa pelo comando da Seap. Os favoritos eram o diretor-geral Tarcísio Malaquias, ligado ao deputado federal Zé Neto (PT), e o chefe de gabinete Carlos Eduardo Sodré, que acabou exonerado. Mas prevaleceram as articulações do petista Arnando Lessa, ex-vereador de Salvador, e de outros nomes fortes dentro do PT em favor do agente penitenciário.

Desde 2011, no segundo mandato de Jaques Wagner (PT), quando a Seap foi criada, Luís Antônio atua na pasta, onde agentes penitenciários de carreira e policiais militares disputam espaço nos cargos administrativos.

Agora, Luís Antônio terá que lidar com as cobranças de sua classe originária. Os agentes penitenciários, também através do Sinspeb, lutam pela regulamentação da Polícia Penal na Bahia, pauta prioritária dos trabalhadores.

O novo interino da Seap também é advogado; mestre em Segurança Pública, Justiça e Cidadania; e doutor em Ciências Jurídicas e Sociais. Ele ainda é especialista em Direito Público e em Segurança Pública.

SAÍDA DE NESTOR

Nestor Duarte (PSB) pediu exoneração do cargo de secretário no dia 8 de fevereiro, após a divulgação de uma carta em que ele agradeceu ao governador Rui Costa (PT) e ao senador Jaques Wagner (PT), reafirmando que sua permanência ao lado “das forças progressistas e do desenvolvimento social”.

A carta de exoneração surgiu no mesmo dia em que Marcelo Nilo (PSB), amigo e aliado de Nestor, fez duas críticas aos governos petistas e anunciou seu rompimento com a gestão estadual.

Entretanto, de acordo com fontes ligadas a Nestor, a carta foi apenas o resultado de um acordo de cavalheiros, para evitar a demissão do então secretário da Seap, que teria sido pedida por Wagner. Procurado pelo BN na última sexta-feira (18), Nestor preferiu não comentar. “Estou querendo paz”, disse.

Os últimos momentos de Nestor à frente da Seap foram conturbados. No domingo (20), uma rebelião na Penitenciária Lemos Brito (PLB) teve como resultados seis internos mortos e outros 23 feridos. O então secretário afirmou que foi uma “briga por espaço” entre grupos criminosos. Dois dias após o motim, a exoneração foi confirmada por Rui. *Bahia Notícias

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