O Ministério de Minas e Energia pediu novos estudos sobre o horário de verão. Apesar disso, a pasta enxerga que o retorno da medida teria um impacto limitado no consumo de eletricidade e não ajudaria a enfrentar a crise energética. A informação é da Folha de S. Paulo.
O Operador do Sistema Nacional (ONS) fará os estudos para avaliar essa questão diante do cenário de escassez hídrica do país. Setores econômicos pressionam o governo para que o horário de verão volte. O programa foi extinto nacionalmente em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, avalia nota do ministério. “Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”, continua o texto, afirmando que a questão será reexaminada pelo ONS.
O ONS informou que não vai comentar o tema. Os setores que estão mais interessados na volta do horário de verão são os de turismo, serviço e de shoppings. Eles entendem que além da economia, também haveria benefício com circulação maior de pessoas no início da noite.
Institutos da área energética e de defesa do consumidor também entendem que seria benéfico o retorno. “O ganho é pequeno, mas nesse momento precisamos contar megawatt por megawatt”, disse o ex-diretor do ONS Luiz Eduardo Barata a jornalistas.
Quando o horário de verão foi nacionalmente extinto, a Bahia já ia para o oitavo ano sem a medida. O último ano que o estado adiantou o relógio foi em 2011. *Correio da Bahia
0 Comentários