A varejista Magazine Luiza registrou no segundo trimestre deste ano lucro líquido de R$ 95,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 64,5 milhões apresentado no mesmo período do ano passado, fase mais aguda da pandemia para o comércio.
O resultado positivo, porém, ainda representa um quarto do lucro de R$ 386,6 milhões observado no segundo trimestre de 2019. Mas ficou próximo do lucro líquido ajustado do período (que não considera ganhos líquidos não recorrentes), de R$ 108,5 milhões.
O lucro líquido ajustado do segundo trimestre deste ano atingiu R$ 89,1 milhões no intervalo entre abril e junho, revertendo o resultado negativo de R$ 62,2 milhões na comparação anual.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre de 2021 somou R$ 465,1 milhões, alta de 223,6% sobre igual período do ano passado. O Ebitda deste ano é 22,4% superior ao do Ebtida do segundo trimestre de 2019, de R$ 379,9 milhões.
"O ano de 2020 foi atípico e o melhor que temos é comparar os resultados aos dados de 2019, antes da pandemia", afirmou Frederico Trajano, presidente da Magalu, à reportagem. O executivo se diz "moderadamente otimista" com a economia nos próximos meses, por conta do avanço da vacinação. "Mas o momento exige cuidado e atenção da sociedade, por conta de reformas estruturais importantes que estão em curso, a tributária e a política", afirmou.
O resultado financeiro da varejista entre abril e junho deste ano ficou positivo em R$ 229,7 milhões, alta de 142,9% na comparação anual, mas 11,5% inferior ao de dois anos atrás (R$ 256 milhões).
A receita líquida da companhia atingiu R$ 9,01 bilhões no segundo trimestre do ano, uma alta de 61,9% na comparação anual. O indicador é mais do que o dobro da receita líquida do segundo trimestre de 2019, que somou R$ 4,3 bilhões.
Já a receita bruta somou R$ 10,91 bilhões entre abril e junho, um aumento de 60,1% sobre igual período do ano passado. O valor deste ano é mais do que o dobro da receita bruta do segundo trimestre de 2019, que havia chegado a R$ 5,11 bilhões.
As vendas totais, incluindo lojas físicas, ecommerce e marketplace (que envolve as vendas de terceiros no site da companhia), atingiu R$ 13,74 bilhões no trimestre, alta de 60,5% na comparação anual. Mas a representatividade do comércio eletrônico dentro das vendas totais caiu de 78,5% para 71,6% no intervalo.
Só o marketplace atingiu R$ 3 bilhões, uma alta de 63% na comparação anual.
As vendas no conceito "mesmas lojas" mais do que dobraram na comparação entre os trimestres deste ano e de 2020: alta de 102,2%
A empresa promoveu em julho uma oferta subsequente de ações (follow-on), que levantou R$ 3,4 bilhões. Com isso, a sua posição de caixa ajustado hoje soma R$ 10 bilhões. O montante indica que o fluxo de aquisições deve continuar em alta.
Nos últimos meses, a empresa protagonizou
movimentações de mercado importantes, como a entrada no estado do Rio de
Janeiro e a maior aquisição da sua história, a KaBum!. *Folhapress
RAIO-X DO MAGAZINE LUIZA (dados de 2020)
Fundação: 1957, Franca (SP)
Faturamento: R$ 43,5 bilhões
Lucro: R$ 232 milhões
Funcionários: 47 mil
Presença física: 1.300 lojas em 21 estados
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