Uma vitória em 12 partidas disputadas, nove pontos de 36 possíveis e jejum de sete jogos sem ganhar. O cenário coloca o Leão na zona de rebaixamento da Série B, na 18ª posição. Em busca de recuperação, o rubro-negro recebe a Ponte Preta nesta terça-feira (20), às 21h30, no Barradão.
Será o segundo confronto direto contra o Z4 em menos de uma semana. E, se o Vitória perdeu o primeiro – 1×0 para o Brasil de Pelotas, na cidade gaúcha -, agora joga como anfitrião, e é preciso fazer valer o fator casa. Assim como o Leão, a Macaca também tem nove pontos e aparece logo atrás na tabela, na 19ª colocação, por possuir pior saldo de gols (-3 a -4).
“Não é um momento bom que nós vivemos, sabemos disso. Mas eu acredito que a gente precisa ser muito forte emocionalmente. Até porque ninguém vai chegar aqui para nos salvar agora, não é? Temos que estar cada vez mais próximos, cada vez mais fechado, porque, quando chegar em campo, somos nós que vamos decidir pelo clube. É o momento de estar muito forte emocionalmente, psicologicamente, porque só assim que a gente vai sair dessa situação difícil”, afirmou o zagueiro Marcelo Alves, provável titular em meio às ausências de Wallace e Thalisson Kelven, machucados.
Se a situação atual é ruim, ao menos há um alento no retrospecto. Há cinco anos, o Vitória não sabe o que é perder para a Ponte Preta. A última derrota aconteceu pela Série A de 2016, por 2×0. De lá para cá, aconteceram mais seis partidas, com quatro triunfos rubro-negros (67%) e dois empates (33%).
Considerando apenas os confrontos válidos pela Série B, o histórico também é positivo: o Vitória nunca foi superado pelo adversário. Em oito encontros, ganhou cinco (62%) e empatou três (38%).
Os duelos mais recentes foram no ano passado, quando não houve ganhador. Os times ficaram no 3×3 no Moisés Lucarelli e 0x0 no Barradão. Dessa vez, um empate complicaria a vida de ambos, pois permaneceriam entre os quatro últimos colocados. Já a equipe que vencer pode até terminar a rodada fora do Z4, a depender dos outros resultados.
Pressão
Ganhar será importante ao Vitória não só para espantar a má fase, mas também para acalmar os ânimos dos torcedores. Após um protesto no aeroporto de Salvador na semana passada, uma nova manifestação foi marcada pela torcida uniformizada Os Imbatíveis. Dessa vez, será no portão do Barradão, às 18h, pouco antes do jogo contra a Ponte.
“Na nossa profissão, somos pressionados todos os dias, cobrados todo os dias. É a responsabilidade que nos foi dada. A gente tem que estar com a cabeça firme, com a mente forte, porque só a gente que vai tirar dessa situação. Fomos nós que deixamos o Vitória nessa situação, somos nós que vamos tirá-lo de lá”, disse Marcelo Alves.
O zagueiro está disponível após cumprir suspensão. Porém, como dito, o técnico Ramon Menezes terá dois desfalques no sistema defensivo. Capitão do time, Wallace se recupera de edema na posterior e segue fora. Já Thalisson Kelven, que saiu lesionado contra o Brasil de Pelotas, foi vetado por causa do trauma na clavícula esquerda.
O meia Fernando Neto, que também se lesionou no jogo passado, é mais uma baixa, por dor na coxa.
Uma possível escalação do Vitória tem: Ronaldo, Cedric, Marcelo Alves, Mateus Moraes e Pedrinho; Gabriel Bispo, Pablo Siles, Bruno Oliveira e Soares; David e Dinei.
A Ponte, por sua vez, também terá mudanças. Com a saída de Dawhan para o Juventude, o técnico Gilson Kleina precisa definir um substituto para atuar na dupla de volantes com André Luiz. Marcos Júnior e Vini Locatelli são as opções
Na lateral direita, Kevin se recupera de contusão na coxa, e a tendência é que Felipe Albuquerque seja mantido. Assim, Jean Carlos e Rafael Santos disputam a posição na esquerda.
Uma provável Ponte tem: Ivan, Felipe Albuquerque, Ednei (Fábio
Sanches), Cleylton e Jean Carlos (Rafael Santos); André Luiz, Vini
Locatelli (Marcos Júnior) e Camilo; Richard, Fessin (Veras ou Rodrigão) e
Moisés. *Correio/Esportes
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