Os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à credibilidade do processo eleitoral no Brasil podem lhe custar a inegibilidade em 2022, caso o mandatário não apresente as provas que diz ter sobre uma suposta fraude no sistema eletrônico de votações de 2018.
O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Felipe Salomão, já deu um prazo de 15 dias para que Bolsonaro apresente as provas. Bolsonaro defende o voto impresso sob o argumento de que o sistema de votação por urnas eletrônicas permite fraude.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, integrantes de cortes superiores consideram “mentirosas e irresponsáveis” as falas do presidente, entre elas, a de teria sido vítima de fraudes que o impediram de ganhar no primeiro turno em 2018, o que, para magistrados, estaria disseminando fake news porque o sistema é considerado um dos mais seguros do mundo.
Membros das cortes superiores defendem colocar travas nesse comportamento de Bolsonaro e mandar um recado de que existem limites, ou Bolsonaro poderá enfrentar problemas com a Justiça, entre eles ficar impedido de disputar as eleições ano que vem.
Ministros já defendiam que as informações falsas espalhadas em grupos bolsonaristas sobre fraudes nas eleições começassem a ser investigadas no inquérito das fake news, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Moraes será o próximo presidente do TSE e já pediu o compartilhamento
de informações sobre empresas que trabalharam na campanha de Bolsonaro
há dois anos e que teriam disparado mensagens falsas nas redes sociais. *A Tarde
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