Uma pesquisa sobre as correlações entre trabalho e a pandemia da Covid-19 identificou as atividades ocupacionais das vítimas da doença na cidade de São Paulo. Os dados revelam que 37,8% delas tinham um emprego remunerado. Um percentual maior, de 47,9%, eram aposentados (32,2%) ou donas de casa (15,7%). Outras 1,3% estavam desempregadas e 0,2% estudavam. Os dados foram revelados pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, o elevado percentual de mortos entre aposentados e donas de casa pode estar associado a fatores como idade mais avançada e também ao contágio por parentes que levam o vírus para suas casas. Pode ser consequência ainda de idas constantes ao mercado, à farmácia e a consultas médicas, afirma o Instituto Pólis, que fez a pesquisa.
Dentre os trabalhadores remunerados, o maior percentual de óbitos está concentrado no setor de serviços: 24,3%, contra 8,2% da indústria e 5% do comércio.
As maiores vítimas do setor de serviços foram os trabalhadores de ocupações administrativas e informacionais (4%), de transporte e tráfego (3,2%) e as empregadas domésticas (2,3%).
O instituto nota que 6,5% dos que morreram de Covid-19 na cidade
trabalhavam em atividades que deveriam ter sido suspensas, como
construção civil e trabalho doméstico. Mas que foram consideradas
essenciais e seguem sendo exercidas sem restrições. *Bahia.ba
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