O comediante Rafinha Bastos, 44, tem de apagar imediatamente ao menos três publicações que ele fez contra o ator e ex-diretor da Globo Marcius Melhem, 48, sob pena de multa de R$ 500 por dia.
A decisão a que a reportagem teve acesso por meio do Tribunal de Justiça de São Paulo saiu nesta quarta-feira (20) e foi arbitrada pela juíza Tonia Yuka Koroku. Nela, fica definido que o comediante precisa apagar os conteúdos. A juíza, porém, diz não poder determinar que Rafinha não faça mais vídeos, pois "não há como impor uma censura prévia", diz ela no documento.O limite total da multa está vinculado ao valor de R$ 50 mil. Melhem também gostaria de uma retratação pública, mas isso ainda não foi julgado. Nas publicações em questão, que podem ser vistas nas contas de Bastos no Twitter e no Instagram, o humorista mostra um trecho de uma entrevista dada por Melhem, acusado de assédio moral e sexual, em que ele se diz inocente e afirma já ter traído sua mulher várias vezes.
Nas legendas, Bastos o chama ironicamente de "vítima". Em outro, afirma que ficou sabendo que a defesa de Melhem pensa em processá-lo pelas piadas que fez e chamou isso de "absurdo". Ele também dubla o áudio da entrevista e faz piada sobre outras acusações que o ex-diretor poderia ter recebido. "Matei 48 pessoas, matei várias vezes e foi muito doloroso para mim", ironiza Rafinha.
O vídeo repercutiu e atingiu 80 mil visualizações na plataforma. Procurado, Rafinha Bastos ainda não havia respondido às solicitações até a publicação deste texto. À jornalista Cristina Padiglione, do Telepadi, comentou que ainda não havia recebido nenhuma notificação judicial sobre o caso.
Decisão semelhante foi dada a favor de Melhem e contra o influenciador digital Felipe Castanhari. A Justiça determinou que ele apague mensagem que postou em seu perfil no Twitter em que chamava o ex-diretor da TV Globo de "criminoso", "escroto" e "assediador". Castanhari tem 7 milhões de seguidores na rede social.
A decisão é da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz, do Tribunal de Justiça de São Paulo, deferiu tutela antecipada de urgência pleiteada pela defesa de Melhem e deu um prazo de 24 horas para que Castanhari apagasse a mensagem, sob pena de multa de R$ 10 mil. *Foçhapress
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