Especialista de saúde do UNICEF tira as principais dúvidas sobre o novo coronavírus

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Especialista de saúde do UNICEF tira as principais dúvidas sobre o novo coronavírus




As notícias sobre o novo coronavírus estão em toda parte. Mas mesmo com tanta informação ainda surgem dúvidas sobre vários pontos, como grupo de risco, uso correto da máscara, se o vírus pode ou não sobreviver nas superfícies ou como devemos conversar abertamente com as crianças sobre o assunto. A chefe de Saúde do UNICEF no Brasil, Cristina Albuquerque, esclarece as principais dúvidas sobre a pandemia. A primeira delas é: quem já foi infectado ou infectada pela covid-19 está imune à doença?

“Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez esse alerta, de que ainda não existem evidências suficientes para se afirmar que a pessoa não possa se ‘reinfectar.’ Então, precisamos aguardar as evidências científicas, as informações da OMS e, enquanto isso, precisamos manter aquelas medidas preventivas de higiene pessoal e ambiental.”

Outra dúvida frequente é se o vírus pode ou não sobreviver em superfícies e por quanto tempo. Cristina Albuquerque responde:

“Sim, ele pode sobreviver em superfícies. Existem estudos comprovando que ele pode sobreviver de três até 14 horas, ou mais, dependendo da superfície – se é papel, se é alumínio, metal, plástico... Por isso é tão importante observar também a higienização dessas superfícies, que seriam maçanetas, botão de elevador, óculos, celulares, teclados, enfim, não só os objetos pessoais, mas aquilo que é tocado por mais de uma pessoa.”

E as mulheres gestantes e com crianças recém-nascidas, são grupo de risco? Cristina dá as orientações.

“Recentemente, o Ministério da Saúde revisou o protocolo e colocou tanto as gestantes quanto as puérperas no grupo de risco, juntamente com idosos e pessoas com doenças crônicas. Isso porque nessas duas fases, da gestação ao puerpério, período que vai do nascimento do bebê até 45 dias, as mulheres têm uma baixa na imunidade. Então, com base na experiência da epidemia do H1N1, o Ministério da Saúde, para proteger essas mulheres, também as colocou no grupo de risco.”

Outro tema que frequentemente gera dúvidas é o uso correto das máscaras de proteção individual. A chefe de Saúde do UNICEF no Brasil, Cristina Albuquerque, comenta que é importante observar as regras de cada estado sobre a obrigatoriedade da máscara ao sair de casa e fala sobre o uso correto da proteção.

“É importante, mais uma vez, saber como usá-la. Lavar as mãos antes de colocar a máscara, não tocar mais na máscara depois disso e só tirá-la depois de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel. O uso da máscara caseira é mais para proteger os outros do que a si mesmo, ou seja, aquelas pessoas assintomáticas que, ao sair de casa, podem transmitir o coronavírus para outras pessoas.”

A especialista explica agora sobre o tratamento para a covid-19. Ele existe ou não?

“Não existe tratamento ou medicação de prevenção comprovada para tratamento da covid-19. Existem muitos estudos em curso, mas nada ainda com evidência mais concreta do ponto de vista científico. Não existe uma vacina. Com certeza a teremos, mas não por agora. Portanto, se não tem medicamento, não tem vacina, é importante lutar com os meios que temos hoje, que é lavar as mãos, higienização do ambiente e o distanciamento social. Portanto, por favor, se puderem, fiquem em casa.” Estar bem informado é essencial para proteger você e todos à sua volta. Compartilhe informações seguras com sua família, amigos e colegas. Saiba mais sobre as ações do UNICEF contra o coronavírus no site unicef.org.br.

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