O novo chefe da Justiça e Segurança Pública fez carreira na AGU. Ele estava na pasta desde 2000, quando encerrou seu trabalho como advogado concursado da Petrobras. Durante o governo Michel Temer (MDB), chegou a ser corregedor da AGU.
De acordo com o jornal, Mendonça chegou ao governo Bolsonaro por indicação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Essa indicação foi apoiada pela bancada evangélica, uma vez que o ministro é também pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília.
Por esse motivo, inclusive, ele está cotado para assumir uma das vagas que serão indicadas por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em mais de uma ocasião, no ano passado, o presidente repetiu que indicaria um nome “terrivelmente evangélico”.
Transferido para o Ministério da Justiça com apoio da cúpula militar do governo e articulação do presidente da Corte Suprema, Dias Toffoli, Mendonça é nomeado sob a expectativa de que melhore a atual relação de Bolsonaro com o Poder Judiciário. O capitão irritou magistrados após participar de um ato que tinha, entre suas bandeiras, o fechamento do Congresso e do STF. Para o lugar de Mendonça na AGU vai o atual procurador-geral da Fazenda, José Levi do Amaral. O jornal conta que ele é indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
NOMEAÇÃO NA PF
A mesma edição do Diário Oficial traz ainda a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, que é amigo dos filhos do presidente, como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). Delegado de carreira do órgão, Ramagem atuou como chefe da segurança de Bolsonaro quando ele era candidato à Presidência da República.
Antes responsável pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o delegado vai suceder Maurício Valeixo, cuja demissão na última semana impulsionou a saída de Moro do governo (saiba mais aqui e aqui). De acordo com o ex-ministro da Justiça, a mudança ocorre porque Bolsonaro quer interferir na PF, com acesso a informações sigilosas. *Bahia Notícias
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