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Sífilis passada de mãe para filho pode ser evitada com tratamento


O número de casos de sífilis no Brasil tem aumentado nos últimos anos. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, foram notificados 158.051 casos de sífilis adquirida em 2018, crescimento de 28,3% em relação a 2017, quando houve 119.800 casos.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível exclusiva do ser humano. É causada por uma bactéria e pode apresentar várias manifestações clínicas, em três diferentes estágios. Nos dois primeiros, a possibilidade de contágio é maior. A doença pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, por meio de sangue contaminado, ou ser passada da mãe para a criança durante a gestação ou parto. A coordenadora-geral de Vigilância de ISTs do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, explica como ocorre essa transmissão.
“O principal impacto da sífilis é o que a gente tem vivido agora no país: a transmissão vertical da sífilis, que é a sífilis congênita. Porque uma coisa é ter sífilis, procurar o serviço de saúde, ter o diagnóstico, ser tratada e ser curada. Se eu não faço isso em um tempo hábil e eu sou gestante, eu posso trazer essa infecção para o recém-nascido. E a maior preocupação do Ministério da Saúde é fazer o controle da sífilis congênita, evitar que uma criança nasça com sífilis, já que isso é totalmente previnível. O importante no caso da gestação é que a mãe faça o pré-natal no início da gestação. Se ela procura logo no início, faz o diagnóstico, ela consegue ser tratada a tempo e não passa essa infecção para a criança”.

A sífilis tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde, o SUS. Quando não tratada, a infecção pode causar comprometimentos sérios do sistema nervoso central, com alterações neurológicas, auditivas, oculares, cardíacas, ósseas e até levar à morte. Se desconfiar que pode estar infectado, procure um Centro de Testagem mais próximo de você. Os resultados dos exames ficam prontos em, no máximo, 30 minutos. E lembre-se: usar camisinha é o método mais acessível e eficaz para se prevenir das Infecções Sexualmente Transmissíveis, como a sífilis e o HIV. Sem camisinha, você assume o risco. Para mais informações, acesse: saúde.gov.br/ist.

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