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Conheça o LGV e o HTLV, duas infecções sexualmente transmissíveis perigosas e pouco conhecidas


Causadas por mais de 30 tipos diferentes de vírus, bactérias e protozoários, as Infecções Sexualmente Transmissíveis representam sério risco para milhões de brasileiros. Algumas dessas infecções são mais conhecidas, como o HIV e o herpes, por exemplo. De outras, no entanto, se fala muito pouco. É o caso do LGV e do HTLV, duas ISTs crônicas e desconhecidas pela maioria da população.

O linfogranuloma venéreo, identificado pela sigla LGV, é uma infecção causada pelos sorotipos L1, L2 e L3 da mesma bactéria que causa a clamídia, outra perigosa IST. Mais comum em homens, o LGV causa feridas e inchaço nas genitais e gânglios na virilha. Infecções retais causadas por essas bactérias se tornaram mais comuns com a prática do sexo anal. A doença não tem cura, mas se não for tratada e controlada, pode evoluir e gerar outras sequelas, como deformidade permanente do local atingido. Já a infecção pelo HTLV, causada por um vírus que dá nome à doença, atinge as células de defesa do organismo e está relacionada à leucemia e à degeneração neurológica, podendo causar a morte. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, a estimativa é que o Brasil tenha 800 mil infectados por HTLV-1, tipo mais comum do vírus. A doença também não tem cura, mas com diagnóstico e tratamento as consequências podem ser amenizadas.

Segundo a coordenadora-geral de Vigilância das ISTs do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, a falta de informação é preocupante, já que essas doenças são silenciosas e perigosas.

“As pessoas têm que saber quantas infecções existem, que elas podem causar complicações quando não são tratadas adequadamente. Então, é importante que as pessoas estejam orientadas em relação às infecções e acerca do que pode acontecer, caso não cuidem da sua saúde”.

A transmissão do LGV e do HTLV ocorre pela prática de sexo vaginal, anal ou oral desprotegido, ou seja, sem preservativo. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja dessas e de outras ISTs, como HIV e hepatites. Para mais informações, acesse saude.gov.br/ist.

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