De acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), das 100 cidades mais desenvolvidas do país, 58 estão no estado de São Paulo. O levantamento, que foi divulgado na última semana, apresenta dados de 2016 de Emprego e Renda, Saúde e Educação de 5.471 municípios brasileiros.
Segundo o analista de Estudos Econômicos da Firjan, Raphael Veríssimo, a região Sul do país continua sendo a mais desenvolvida e o Sudeste apresentou dados semelhantes. Já o Centro-Oeste está quase alcançando o padrão Sul-Sudeste, enquanto Norte e Nordeste apresentaram desenvolvimento regular ou baixo.
“Novamente, a região Sul apresentou os melhores resultados dentro do Brasil. A região Sudeste e a região Centro-Oeste já apresentaram resultados muito próximos, ainda com a região Sudeste com uma leve vantagem no quesito quantidade de municípios com alto ou moderado desenvolvimento. A região Centro-Oeste precisa aumentar um pouco mais a quantidade de municípios nesses conceitos para que venha superar a região Sudeste. Em contraponto, a região Norte e Nordeste continuam com resultados muito ruins, muito aquém frente ao restante do Brasil.”
Entre as capitais, Florianópolis, em Santa Catarina, e Curitiba, no Paraná, são as únicas a figurar entre as cem mais desenvolvidas do país. Já o Rio de Janeiro, um dos cartões postais mais visitados por turistas, não ficou nem entre as 500 cidades com as melhores notas.
Esse Índice de Desenvolvimento Municipal varia de zero a um. Quanto mais próximo de um estiver, melhor é o desenvolvimento da cidade. No caso, a nota é calculada de acordo com a análise de três conjuntos de indicadores.
Na área da Educação, a Firjan analisa o número de matrículas na educação infantil, a proporção de estudantes que abandonam o ensino fundamental, a quantidade de professores com ensino superior, a média de aulas diárias e o resultado do Ideb no Ensino Fundamental.
Já o índice Saúde é calculado com base no número de consultas pré-natal, de óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e número de Internações Sensíveis à Atenção Básica (ISAB).
O índice de Emprego e Renda, por sua vez, leva em consideração quanto a cidade gerou de empregos formais, a capacidade de absorver a mão de obra local, os salários médios e a desigualdade social.
Ainda de acordo com Raphael Veríssimo, esse índice é feito com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde, e é de extrema importância para os gestores públicos de todo o país.
“É muito importante a gente divulgar estes números. O IFDM é usado como uma ferramenta muito importante para gestores municipais. A gente está lidando com uma base de dados que tem mais de 500 mil dados. Então, assim, é uma base de dados extremamente rígida. Dentro no nosso site, no firjan.com.br/ifdm existem todas as informações necessárias.”
Segundo o estudo, os números deixam bem claro que o problema não é a falta de recursos. A principal barreira para o desenvolvimento dos municípios é a gestão ineficiente desses recursos.
Por Redação GN | Fonte: ARM
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