A força-tarefa da Operação Lava Jato recebeu extratos da Odebrecht que comprovam o pagamento de propina negociada em reunião com o presidente Michel Temer. A informação, do jornal Folha de S. Paulo, corrobora com depoimentos de ex-executivos da holding sobre o repasse de pelo menos US$ 40 milhões ao peemedebista. O acordo teria sido fechado no escritório de Temer em 2010.
A quantia teria vindo de um contrato internacional da Petrobras, o PAC-SMS, relacionado a certificados de segurança, saúde e meio ambiente em nove países onde a estatal atua. O montante inicial era de US$ 825 milhões. Os repasses teriam sido feitos entre julho de 2010 e dezembro de 2011.
Ainda de acordo com a Folha, os extratos apresentados pela Odebrecht chegam a US$ 54 milhões, mas a soma de planilhas anexadas atinge US$ 65 milhões. Parte da quantia teria sido paga em espécie no Brasil, mas a maioria foi distribuída por contas de operadores no exterior.
Em sua delação, o ex-presidente da Odebrecht Márcio Faria disse que no encontro com Temer não se falou em valores, “mas ficou claro que se tratava de propina” relacionada ao contrato, e não contribuição de campanha. O peemedebista teria acertado 5% de propina do contrato, o que corresponderia a US$ 40 milhões.
Temer, contudo, negou seu envolvimento e afirmou nunca ter defendido interesses pessoais na Petrobras, nem ter apoiado o pagamento de valores a terceiros. Segundo sua assessoria, o presidente “jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria” e “a narrativa divulgada não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta”.
Por Redação GN | Fonte: Metro1
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