Pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que nove em cada dez jovens de 15 a 19 anos sabem que o uso de preservativo é a melhor forma de evitar contágio por HIV. No entanto, seis de cada dez do mesmo grupo não usaram camisinha em pelo menos uma relação sexual no último ano.
Entre os ainda mais jovens, que estão no início da vida sexual, o número também é preocupante: 33,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos com vida sexual ativa não usaram camisinha na última transa, apontou a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), publicada pelo IBGE em 2015. Para a diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a falta de comunicação direta é um dos fatores que influenciam o problema.
"O mundo e as conversas mudaram, as campanhas pelo uso da camisinha têm que evoluir", pontuou em entrevista ao UOL. "Falta usar mais essa criatividade nas campanhas. Tem que ser menos careta, mais frequente. As campanhas estão sumindo e o jovem não percebe a vulnerabilidade que tem", ressaltou Roseli Tardelli, editora-executiva da Agência Aids.
As especialistas também acreditam que o fato de essa geração não ter passado pelo período em que muitos famosos morreram devido ao HIV diminui o receio. Adele Benzaken também apontou uma banalização quanto ao tratamento da doença. "A culpa também é dos profissionais de saúde. Ficamos animados com o tratamento fantástico, os benefícios do remédio apareceram mais do que a preocupação com a transmissão", afirmou.
Por Redação GN | Fonte: Agências
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